Costa afirma que tem de estar disponível como primeiro-ministro para situação nos Açores
Eleições Legislativas 2019
1 de out. de 2019, 21:25
— Lusa/AO Online
António
Costa deu esta resposta aos jornalistas, durante uma visita às obras de
requalificação do Itinerário Principal 3 (IP3), em Penacova, distrito
de Coimbra, depois de questionado sobre o caráter invulgar de cancelar
ações de rua de campanha eleitoral por causa de eventuais consequências
nefastas do mau tempo nos Açores com a passagem do furacão "Lorenzo"."É
sempre mais útil prevenir do que remediar e, mesmo sendo candidato [nas
eleições legislativas], não deixo de ser primeiro-ministro. Gosto de
separar as situações de candidato nas eleições e de primeiro-ministro,
mas não posso desligar-me delas. Não posso meter férias como
primeiro-ministro", declarou o secretário-geral do PS.Ou
seja, de acordo com o líder socialista, se enquanto primeiro-ministro
for obrigatório estar disponível, "seja a partir do continente, seja no
território da Região Autónoma dos Açores", terá então de estar
disponível."Eu tenho de estar disponível,
espero que tudo corra pelo melhor, que o furacão perca velocidade, que
se afaste do território dos Açores para o alto mar e que não haja danos.
Mas, por uma atitude de cautela, tenho de estar disponível para o caso
de ser necessário", insistiu.Questionado
sobre a escassez de ações de rua do PS nesta campanha eleitoral, o líder
socialista reagiu: "Os contactos com a população têm sido excelentes em
todos os pontos do país"."Seguramente,
esses contactos vão continuar a ser bons. No entanto, tenho de procurar
contabilizar a atividade de candidato com a de primeiro-ministro. Não
posso prejudicar as minhas funções de primeiro-ministro por causa da
campanha", justificou.Interrogado se vai
na quarta-feira aos Açores, António Costa referiu que ainda vai avaliar
esse aspeto e que só irá caso seja necessário.Depois, António Costa falou como está a ser feito o acompanhamento ao nível da prevenção sobre a passagem do furacão nos Açores."Desde
segunda-feira, tenho estado em contacto permanente com o presidente do
Governo Regional dos Açores [Vasco Cordeiro], foram feitos os
levantamentos todos e, até agora, não foi considerada uma necessidade de
reforços por parte da República. De qualquer forma, estão mobilizados
os meios que foram considerados eventualmente necessários pelo Governo
Regional dos Açores. Esses meios serão acionados assim que necessários",
disse.