Corporações de bombeiros vão receber 31,7ME, mais 6,7% do que em 2022
OE2023
17 de out. de 2022, 11:08
— Lusa/AO Online
Segundo o
MAI, a proposta do Orçamento do Estado para 2023 (OE2023) prevê um
acréscimo de dois milhões de euros no financiamento permanente das
associações humanitárias de bombeiros voluntários, mais 6,7 % do que em
2022, “elevando o investimento global para 31,7 milhões de euros”.Num
documento enviado à Lusa, o MAI refere que o financiamento às
corporações de bombeiros em 2023 será o maior dos últimos cinco anos,
registando um aumento de 21,2%, ao passar dos 16,1 milhões de euros em
2018 para os 31,7 milhões em 2023.O
financiamento permanente aos bombeiros voluntários foi de cerca de 27
milhões de euros em 2019, passando para 28 milhões em 2020, e em 2021
ficou nos 28,6 milhões de euros, subindo para os 29,7 este ano.O
MAI refere também que o OE2023 propõe um aumento de 52,12 euros para a
remuneração mensal dos elementos que integram as Equipas de Intervenção
Permanente (EIP) das corporações dos bombeiros voluntários, o que
corresponde a um acréscimo de 6,9% e se traduz num encargo suplementar
de cerca de 3,6 milhões de euros.O
ministério tutelado por José Luís Carneiro precisa que este “acréscimo
de 757,01 euros para 809,13 euros vai ser repartido, em partes iguais,
entre a Autoridade Nacional de Emergência e Proteção Civil (ANEPC) e as
câmaras municipais”.O MAI dá também conta
que até ao final do ano haverá em todo o país cerca de 750 EIP, equipas
pagas em partes iguais pela ANEPC e pelas câmaras municipais respetivas e
são formadas por cinco bombeiros profissionais que se destinam ao
cumprimento de missões no âmbito da Proteção Civil.Segundo
o MAI, a existência de cerca de 750 EIP nos bombeiros voluntários
representa um esforço financeiro na ordem dos 54 milhões de euros por
ano. Esta semana foi divulgado o aviso de
abertura de procedimento para constituir 21 novas EIP, dez das quais em
municípios onde, este ano, ocorreram incêndios rurais de maior dimensão,
designadamente Celorico da Beira, Covilhã, Gouveia, Guarda, Manteigas e
Seia, Carrazeda de Ansiães, Mesão Frio, Murça, Vila Real,
Albergaria-a-Velha, Alvaiázere, Ansião e Ourém.O
montante que o Governo transfere anualmente para o Fundo de Proteção
Social do Bombeiro (FPSB), que contempla um conjunto de proteções
sociais para os bombeiros e seus familiares, corresponde a 3% do valor
do financiamento permanente, refere o MAI, destacando que o FPSB
registou, a título excecional, um aumento de 5% em 2020 (1,4 milhões de
euros) e de 6% em 2022 (1,78 milhões de euros).No
âmbito do Plano de Recuperação e Resiliência (PRR), o MAI refere que
estão previstos 20 milhões de euros para os bombeiros, nomeadamente 12,6
milhões de euros para aquisição de 81 veículos florestais, sendo a
maior distribuição desde 1980, seis milhões de euros para aquisição de
equipamentos de proteção individual e um milhão de euros para formar
3.300 agentes de proteção civil através da Escola Nacional de Bombeiros,
sendo que os principais beneficiários são os bombeiros.A
proposta de Orçamento do Estado para 2023 foi entregue na semana
passada na Assembleia da República pelo ministro das Finanças e vai ser
debatida na generalidade no parlamento nos próximos dias 26 e 27,
estando a votação final global do diploma marcada para 25 de novembro.