Coreia do Norte lança mais dois mísseis balísticos de curto alcance
6 de out. de 2022, 12:17
— Lusa/AO Online
O
destacamento do porta-aviões norte-americano surgiu em resposta ao
anterior lançamento por parte de Pyongyang de um míssil de capacidade
nuclear sobre o Japão. Os últimos
lançamentos de mísseis sugerem que o líder norte-coreano, Kim Jong-un
está determinado a continuar com os testes de armas destinados a
impulsionar o seu arsenal nuclear, desafiando as sanções internacionais.
Muitos especialistas dizem que o objetivo
de Kim é acabar por ganhar o reconhecimento dos EUA como Estado nuclear
legítimo e o levantamento dessas sanções, embora a comunidade
internacional não tenha mostrado sinais de permitir que isso aconteça.
Os últimos mísseis foram lançados com 22 minutos de diferença, caindo
entre a península coreana e o Japão, disse o chefe do Estado-Maior
Conjunto da Coreia do Sul em comunicado.
Os detalhes do voo foram semelhantes às avaliações japonesas anunciadas
pelo ministro da Defesa, Yasukazu Hamada, que confirmou que os mísseis
não atingiram a zona económica exclusiva do Japão.O
Ministério dos Negócios Estrangeiros da Coreia do Norte admitiu hoje
que os recentes lançamentos de mísseis balísticos de Pyongyang são
“medidas de retaliação” contra os exercícios militares conjuntos
conduzidos por Seul e Washington na região.Na
quarta-feira, no Conselho de Segurança das Nações Unidas, a Rússia e a
China demarcaram-se de uma condenação geral ao teste com um míssil
balístico realizado pela Coreia do Norte e que sobrevoou o território do
Japão.Excetuando a Rússia e a China,
todos os membros do Conselho de Segurança criticam o lançamento do
míssil norte-coreano, referindo que foram violadas várias resoluções das
Nações Unidas. Parte dos países pediu
ainda medidas adicionais contra o Governo de Pyongyang, que já está
sujeito a fortes sanções internacionais.Porém,
a imposição de novas sanções parece impossível devido à posição da
Rússia e da China que, em maio, já vetaram uma resolução nesse sentido,
tendo hoje mantido a mesma linha de orientação.Moscovo
e Pequim culparam os Estados Unidos e os seus aliados pelos últimos
testes de armas realizados pela Coreia do Norte, afirmando que estes
foram realizados em resposta às suas manobras militares na região.Os
dois países insistiram que é Washington que deve fazer concessões para
facilitar o regresso ao diálogo com Pyongyang e que não consideram
apropriadas novas sanções.