Conta da Região de 2016 certifica estabilidade financeira e crescimento dos Açores
19 de jul. de 2018, 10:09
— Susete Rodrigues/AO Online
“Comparativamente com o
espaço europeu, aquilo que podemos dizer, do ponto de vista das
finanças públicas, é que a nossa sustentabilidade futura tem o dobro de
garantias, face ao que produzimos, do que aquelas que podem ser dadas
pela média da União Europeia”, afirmou Sérgio Ávila, citado em nota do Gacs, altura em que considerou que
isso é “o melhor que se pode deixar às gerações futuras”.
“Usamos até agora os
recursos necessários para o nosso desenvolvimento e deixarmos uma enorme
margem para se continuar o desenvolvimento da Região no futuro”,
acrescentou Sérgio Ávila.
O Vice-Presidente do
Governo que falava na Assembleia Legislativa, frisou também que a Conta da Região respeita aqueles que são “os
critérios contabilísticos definidos pelo Instituto Nacional de
Estatística (INE), pelo Banco de Portugal, pelo Eurostat, bem como pelo
Fundo Monetário Internacional (FMI)”, considerando que, nesse contexto,
os valores das contas regionais “são valores que nos orgulham imenso”.
“Em 2016, o défice dos
Açores representou 1,6% do Produto Interno Bruto (PIB)”, salientou o
titular da pasta das Finanças, sublinhando que “este resultado, que
engloba a administração pública direta, indireta e o Setor Público
Empresarial da Região (SPER) que está dentro do perímetro da
Administração Pública, foi melhor que o melhor desempenho que o país
teve em 42 anos de democracia”.
“Nós temos, pelo quinto
ano consecutivo, uma necessidade líquida de financiamento em todo o
perímetro da Administração Pública que é substancialmente inferior, face
àquilo que produzimos e em relação àquela que é a média do país”,
reforçou.
Segundo Sérgio Ávila, o
défice em 2016 foi “metade daquilo que a União Europeia vincula a cada
um dos países”, no âmbito do Pacto de Estabilidade e Crescimento (PEC).
Relativamente à dívida
pública, que agrega a administração regional direta, indireta e o SPER
que está consolidado, o Vice-Presidente destacou que, de acordo com o
INE, Banco de Portugal e Eurostat, a dívida dos Açores é de "apenas
41,6% do PIB no final de 2016”, valor que está “demonstrado nesta
conta”.
“É bom lembrar que a
média da União Europeia é de 90%, que a do país está em 125% e a da
Madeira nos 112%”, evidenciou o governante.