Construção do navio de investigação dos Açores decorre "a bom ritmo"
13 de nov. de 2023, 17:13
— Lusa
A informação foi avançada pelo secretário
regional do Mar e das Pescas, Manuel São João, que se deslocou
recentemente aos Estaleiros Armon, em Vigo (Espanha), onde decorrem os
trabalhos de construção do navio, orçado em cerca de 20 milhões de
euros.“Foi com muito agrado que
verificámos que os trabalhos em curso decorrem a bom ritmo,
inclusivamente estando bastante adiantados em relação ao cronograma
inicialmente previsto. De acordo com as informações que nos foram
transmitidas, tudo aponta para que o navio seja lançado à água dentro de
sensivelmente um ano, prosseguindo o seu apetrechamento e cumprindo a
meta de ser entregue no porto da Horta antes do final de 2025”,
sustentou o governante.Citado numa nota de
imprensa divulgada pelo governo açoriano (PSD/CDS-PP/PPM), o secretário
regional disse tratar-se de "um investimento que traduz uma mudança de
paradigma para a investigação científica dos mares dos Açores,
significando um grande avanço para a região e para o conhecimento
científico, uma grande mais-valia transversal ao trabalho até agora
desenvolvido”.O governante deslocou-se aos Estaleiros Armon para assinalar o assentamento da quilha do novo navio oceanográfico.
Segundo Manuel São João, o navio representa "um avultado investimento
por parte da Região Autónoma dos Açores”, numa empreitada financiada
pelo Plano de Recuperação e Resiliência (PRR).
“Este é um marco que, no âmbito do processo de uma empreitada de
construção civil, estabelecendo o paralelismo com um projeto marítimo,
corresponde à primeira pedra”, referiu.O prazo máximo para conceção, construção e entrega do navio é de 900 dias, ou seja, cerca de dois anos e cinco meses.Com
a construção da embarcação de investigação pretende-se capacitar os
Açores de uma plataforma tecnológica de acesso ao mar profundo do
Atlântico Nordeste central e, em especial, da Zona Económica Exclusiva
do Arquipélago.O navio prevê uma lotação
mínima de 20 pessoas para navegação global, excluindo as zonas com gelo,
10 tripulantes técnicos e 10 tripulantes científicos, especifica o
executivo açoriano.Adicionalmente, terá lotação para um mínimo de 30 pessoas embarcadas em viagens diárias.Entre
outros equipamentos, o navio será equipado com um de equipamento
acústico eletrónico que maximizará o potencial de investigação da
plataforma até uma profundidade de no mínimo cinco mil metros.Com
45,95 metros de comprimento e 10,5 metros de boca, terá uma autonomia
de 15 dias, dispondo de propulsão diesel elétrica. Incluirá camarotes
correspondentes à sua lotação máxima, sala de aulas, laboratórios (seco e
húmido) e centro de dados.