Autor: Lusa/AO Online
“O
Newtour/MS Aviation tem uma visão estratégica para o dia seguinte à
compra da SATA – se esse dia chegar –, estratégia essa já partilhada com
a SATA Holding e com os sindicatos. Mas de nada serve uma estratégia
robusta sem apoio para a implementar”, afirma o agrupamento num
comunicado.
O consórcio alerta que “não é
com as soluções de sempre que garante o futuro” da SATA que “precisa
urgentemente de estabilidade operacional” para “recuperar a confiança do
mercado”.
“É decisivo que pilotos e
pessoal de cabine digam se estão contra ou a favor e esclareçam todas as
suas dúvidas. O agrupamento aguarda, com a serenidade que o sentido de
urgência permite, uma decisão definitiva dos trabalhadores, que resulte
de uma discussão aberta e construtiva”, insistem.
O
Newtour/MS Aviation adianta que as negociações com a administração da
SATA “decorrem de forma positiva e estão próximas do seu desfecho” e
apela a uma resposta dos trabalhadores.
“Uma
vez que, agora, o Sindicato dos Pilotos da Aviação Civil já reconhece a
existência de uma proposta apresentada pelo agrupamento, o que se
espera é que quem os representa coloque o documento à sua consideração.
Compete aos trabalhadores - e só a eles - analisar e decidir”, reforçam.
O grupo que
pretende comprar a Azores Airlines destaca, também, que os “custos com
fornecimentos e serviços externos aumentaram 70%” e que os gastos em
ACMI (aluguer de aeronave com tripulação) “dispararam de 4,4 milhões
para 28 milhões de euros” entre 2022 e 2024.
“A
urgência na tomada de posição não é uma imposição do agrupamento. É uma
exigência da própria SATA, que não aguenta por muito mais tempo ter 15%
da faturação em prejuízo, e decorre dos compromissos assumidos pelo
Governo [Regional]”, avisam.
O consórcio garante estar disponível para “devolver à companhia aérea a estabilidade necessária”.
“O
que se pede aos trabalhadores é um apoio ativo à transformação. Na
certeza de que é do compromisso coletivo que depende o futuro da SATA”,
frisa o grupo Newtour/MS Aviation.