Conserveira Santa Catarina reduz capacidade produtiva
Covid-19
2 de abr. de 2020, 12:57
— Lusa/AO Online
"Neste
momento estamos com algumas contingências de produção, porque tivemos
de dividir a fábrica em dois turnos, para proteção da saúde dos nossos
colaboradores, e isto tem feito com que a produção esteja condicionada",
explicou à Lusa o presidente do conselho de administração, Rogério
Veiros, assegurando, no entanto, que a conserveira "pretende continuar a
laborar sem causar qualquer perda de rendimentos para nenhum dos
colaboradores".A conserveira Santa Catarina é a maior entidade empregadora de São Jorge com cerca de 140 funcionários, na sua maioria mulheres."Não
pretendemos entrar em 'lay-off'. Precisamos de laborar. Somos uma
indústria e uma empresa essencial para a alimentação", acrescentou.O
responsável salientou a importância da empresa, "uma indústria
alimentar de conservas de atum e que continua a laborar e continua a
ajudar a alimentar Portugal". "Precisamos
de continuar a laborar face à procura que estamos a ter, pelo facto de
ser um produto alimentar", reiterou, destacando que "as conserveiras
açorianas representam o abastecimento de mais de 25% das conservas de
atum consumidas em Portugal".O ‘lay-off’
simplificado entrou em vigor na sexta-feira e é uma das medidas
excecionais aprovadas pelo Governo para manutenção dos postos de
trabalho no âmbito da crise causada pela pandemia covid-19.As
empresas que aderirem podem suspender o contrato de trabalho ou reduzir
o horário dos trabalhadores que, por sua vez, têm direito a receber
dois terços da remuneração normal ilíquida, sendo 70% suportada pela
Segurança Social e 30% pela empresa.A remuneração tem como limite mínimo o salário mínimo nacional (635 euros) e como máximo três salários mínimos (1.905 euros).Além do IRS, os trabalhadores descontam ainda 11% para a Segurança Social.