Conselho Fiscal do Vitória apresenta processo-crime sobre factos ocorridos na SAD sadina

19 de set. de 2020, 00:56 — AO Online/ Lusa

Em comunicado enviado à agência Lusa, o dirigente, sem especificar pormenores, explica que a decisão não foi revelada antes de forma a não prejudicar a defesa do clube, que foi relegado ao Campeonato de Portugal depois de falhar o licenciamento para participar na I Liga de futebol.“Com justificação de estratégia jurídica foi solicitado a este Conselho que não tomasse determinadas posições antes do início da Liga NOS, os quais poderiam prejudicar a defesa do Vitória. A bem do clube e para não ser considerado bode expiatório de algo menos conseguido esse pedido foi aceite. Liberto desse compromisso, vem o CFD informar que no exercício das suas funções deliberou pela apresentação de um processo-crime junto do Ministério Público sobre factos ocorridos na SAD”, lê-se no documento.No documento, João Martins lamenta ainda a falta de colaboração da administração da SAD vitoriana, presidida por Paulo Gomes desde janeiro de 2020, na entrega de documentos solicitados para averiguar factos ocorridos no passado.“Lamentamos a total indisponibilidade do Conselho de Administração da SAD em colaborar com o Conselho Fiscal e Disciplinar em todo o trabalho desenvolvido, nomeadamente na não entrega de documentos solicitados. A direção apenas disponibilizou um único documento dos muitos solicitados”, refere.Depois de o Vitória de Setúbal não ter cumprido os pressupostos necessários para se inscrever nas provas profissionais, “considera o Conselho Fiscal e Disciplinar que a eleição dos atuais órgãos sociais foi sustentada num programa cuja concretização não foi alcançado, antes pelo contrário”.João Martins defende que perante o sucedido deve haver um novo ato eleitoral, uma vez que não estão reunidas as condições para os atuais órgãos sociais se manterem em funções.“Embora seja da exclusiva responsabilidade da direção a gestão direta do Vitória e, de forma indireta, a da SAD, é incontornável que os atuais órgãos sociais não têm legitimidade moral para continuarem em funções por terem sido eleitos em lista única”, afirma.No comunicado, o líder do CFD faz questão de retratar-se perante os associados.“Sentindo orgulho pelo trabalho que tem desenvolvido e que a seu tempo a Justiça se pronunciará, não pode o Conselho Fiscal e Disciplinar passar sem um humilde e sentido pedido de desculpas aos sócios do Vitória por ter acreditado e fazer acreditar num projeto que afinal não tinha a sustentabilidade que nos fizeram crer que existia”, referiu.