Conselho Económico e Social quer “combate sem tréguas à pobreza” nos Açores
2 de dez. de 2021, 16:21
— LUSA/AO Online
Na inauguração da sede
do CESA, em Ponta Delgada, Gualter Furtado afirmou que as novas
instalações vão permitir ao órgão “cumprir o exigente plano de
atividades para 2022”, no qual se destaca “o combate sem tréguas à
pobreza, a revisão da lei das finanças regionais e o desenvolvimento
pessoal e profissional, dando assim continuidade ao trabalho
desenvolvido no seu primeiro mandato”.O economista considerou ainda o “despovoamento” e a carência de “recursos humanos” como “desafios estruturantes” do arquipélago.Gualter
Frutado realçou que o CESA se vai fixar numas “instalações que estavam
desaproveitadas”, no edifício da secretaria regional da Juventude,
Qualificação Profissional e Emprego do Governo dos Açores, em Ponta
Delgada.“Não é pelo facto de estarmos aqui
instalados que iremos perder o nosso estatuto de órgão colegial
independente, consultivo e de acompanhamento”, afirmou.Com
a inauguração da primeira sede do CESA, é dado “mais um passo” na
“concertação social e estratégica dos Açores”, considerou Gualter
Furtado.O presidente do Governo Regional,
José Manuel Bolieiro, enalteceu o momento, que, disse, revela a
“importância” que o executivo açoriano (PSD/CDS-PP/PPM) dá ao “diálogo
social”.“Em nome do governo, [expresso] a
alegria que sinto e tenho por este pequeno passo logístico, mas grande
passo demonstrativo e simbólico do valor que damos, que este governo dá,
ao diálogo social e à democracia participativa”, apontou.O social-democrata lembrou que formalmente o CESA foi criado em 2009, mas que a sua instalação só decorreu em 2019.“Dez
anos depois é que se fez a sua instalação. Isso é revelador de um tempo
diferente. Num espaço de menos de um ano, nós assumimos, acelerando o
processo, a oportunidade de legitimar o presidente do CESA, figura
independente e agregadora”, declarou Bolieiro, que tomou posse como
presidente do Governo em novembro de 2020, após 24 anos de governação
socialista da região.O presidente da
Assembleia Legislativa dos Açores, Luís Garcia, considerou que o CESA
“ganha ainda mais preponderância” no tempo atual, que é “particularmente
difícil e sensível”.“Exorto-vos a
exercerem essas competências na sua plenitude, contribuindo de forma
direta para a mitigação e recuperação dos efeitos nefastos desta
pandemia, bem como para uma boa aplicação dos fundos europeus”, afirmou,
referindo-se aos dirigentes do CESA.Luís Garcia apelou ainda ao “diálogo” para que os Açores possam “ultrapassar” os “desafios enormes” que “têm pela frente”.“Podemos,
eventualmente, simpatizar menos com este ou aquele agente político,
económico ou social, mas, a bem dos superiores interesses dos Açores,
estamos obrigados a dialogar e a trabalhar com todos”, concluiu.