Autor: Lusa/AO Online
Aquele órgão de caráter consultivo, presidido por Gualter Furtado, realizou esta terça-feira uma reunião extraordinária para analisar e votar a proposta de parecer sobre o relatório periódico de monitorização trimestral do Plano de Recuperação e Resiliência dos Açores (PRR-Açores), apresentado pela Comissão Especializada Temporária para acompanhamento do PRR-Açores.
De acordo com um comunicado enviado às redações, o documento "foi aprovado por unanimidade" no plenário do CESA.
"Continua-se a alertar para a importância de agilizar e aplicar os meios necessários para a recapitalização do Sistema Empresarial dos Açores, assim como incrementar a abertura de avisos que, pelo seu efeito indireto, possam injetar capital no tecido económico dos Açores", lê-se no comunicado enviado às redações.
O Conselho Económico e Social dos Açores alerta que o sistema empresarial dos Açores está "exposto às atuais vicissitudes do aumento extraordinário dos custos de produção, transporte e energia e situação de instabilidade dos circuitos logísticos na Europa em virtude do cenário de guerra".
O CESA reforça a ideia, já manifestada aquando do parecer elaborado para o primeiro relatório de monitorização, de que é fundamental haver "informação necessária para efetuar o seguimento" de todos os projetos financiados pelo PRR-A.
"Na forma como o relatório foi redigido, não se incluíram as metas e marcos já alcançados. Considera-se, contudo, útil ter uma noção do acumulado de metas e marcos, pelo que se sugere a sua inclusão no relatório com a indicação do trimestre e ano em que foram alcançados", aponta.
O documento defende também "uma estratégia de comunicação eficaz" com a sociedade e com o meio empresarial.
"Deverá promover-se uma maior divulgação dos principais indicadores de execução (marcos e metas) e de um conjunto de indicadores de impacto que permitam verificar se a aplicação dos investimentos conduziram, ou não, aos resultados pretendidos. É importante que se conheçam os valores que já chegaram ao sector privado da economia", sublinham.
Além disso, "à semelhança do que aconteceu no relatório anterior, a igualdade/desigualdade de género é totalmente suprimida deste relatório", diz o CESA.
O
CESA considera ainda que, dada "a complexidade de medidas das
candidaturas e dispersão da informação", seria "útil a criação de um
gabinete de apoio à submissão de candidaturas".