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Ucrânia
Conselho de Segurança do país pede instauração do estado de emergência

O Conselho de Segurança da Ucrânia pediu que seja instaurado um estado de emergência no país face aos receios crescentes de uma iminente invasão russa.



Autor: Lusa/AO Online

“O parlamento ucraniano deve ratificar esta decisão nas próximas 48 horas”, disse o secretário do Conselho de Segurança e Defesa Nacional, Oleksiï Danilov, após uma reunião desta estrutura.

Nos termos desta decisão, as autoridades poderão “reforçar a proteção” da ordem pública e das infraestruturas estratégicas, “limitar a circulação dos transportes” e reforçar as verificações de veículos e documentos dos cidadãos, especificou Danilov.

São “medidas preventivas para manter a calma no país, para que a economia continue a funcionar”, acrescentou o responsável, assegurando, no entanto, que tais medidas “não terão um impacto radical na vida quotidiana” dos ucranianos.

“Estamos prontos para tudo”, garantiu o responsável.

A Ucrânia já tinha anunciado a mobilização de militares na reserva, dos 18 aos 60 anos, e apelado aos seus cidadãos para saírem da Rússia, país que Kiev e o Ocidente acusam de estar a preparar uma ofensiva em grande escala em direção ao território ucraniano.

Moscovo, que concentrou pelo menos 150.000 soldados nas fronteiras com a Ucrânia, de acordo com os ocidentais, reconheceu no início desta semana a independência de dois territórios separatistas pró-russos no leste da Ucrânia, as autoproclamadas repúblicas de Donetsk e Lugansk, e mobilizou forças para as duas regiões para alegadas missões de manutenção da paz.

“Temos de reagir aos acontecimentos dos últimos dois ou três dias na Rússia”, defendeu Danilov.

A decisão de reconhecer os territórios separatistas no leste ucraniano, anunciada na segunda-feira pelo Presidente da Rússia, Vladimir Putin, tem sido contestada pelos países ocidentais.

Em reação, vários países, como os Estados Unidos e o Reino Unido, e organizações, nomeadamente a União Europeia (UE), já anunciaram sanções económicas contra Moscovo, que tem negado qualquer intenção bélica em relação a Kiev.