Autor: Lusa/AO Online
Em declarações à agência Lusa, a presidente daquele órgão, Paula Dias, adiantou que existem vários investimentos que os corvinos anseiam, e pelos quais “batalham” desde “há vários anos”, referindo-se à requalificação do aeródromo, a gare marítima e o quartel dos Bombeiros, entre outras áreas fundamentais para “o desenvolvimento da ilha”.
Segundo Paula Dias, os documentos do executivo açoriano (PSD/CDS-PP/PPM), tiveram um parecer “desfavorável dos conselheiros, com cinco abstenções e quatro votos contra”, num parecer que sublinha que, apesar da “existência de um maior número de ligações aéreas e melhoria ao nível dos transportes marítimos, falta tudo o resto”.
Com cerca de 400 habitantes, Paula Dias enumerou também como um dos problemas mais urgentes a habitação, alertando para "a falta de casas" para jovens casais e para trabalhadores deslocados.
“Temos muitos jovens casais com filhos a viver em casas pequenas. Há muita falta de habitação para quem quer viver e trabalhar no Corvo”, disse a presidente do Conselho de Ilha, alegando que no caso da zona antiga da vila, há casas antigas e devolutas que poderiam ser recuperadas.
Paula Dias disse que a Câmara e o Governo "deviam sentar-se" e perceber "o que podem fazer ao nível da habitação".
"Há muita falta de habitação", vincou a responsável, acrescentando que no caso da requalificação do aeródromo, essa situação "já tinha sido elencada em vários memorandos", assim como o quartel dos Bombeiros, aquando das visitas estatutárias do executivo açoriano à ilha.
Paula Dias sinalizou ainda que também "tinha sido prometida a requalificação da gare marítima e nada".
Por isso, os conselheiros esperam que "o Governo reveja os documentos".
A anteproposta de Plano dos Açores para 2026 atinge os 990,9 milhões de euros, mais 172 milhões face a 2025, prevendo-se um crescimento de 2% do Produto Interno Bruto (PIB) e um endividamento até 150 milhões de euros.
As previsões macroeconómicas do Governo Regional preveem um crescimento de 2% e de 1,7% do PIB da região em 2026 e 2027, respetivamente, além de uma taxa de inflação nos “limites da razoabilidade” de 2,1% no próximo ano.
O Plano e Orçamento dos Açores para 2026 vão ser discutidos e votados em novembro na Assembleia Regional.