Conselho de Ilha de Santa Maria reitera preocupações com saúde e transportes
2 de mar. de 2020, 12:09
— Lusa/AO online
Do
memorando para a reunião marcada para hoje, ao final da tarde, no
âmbito da visita estatutária do executivo à ilha, as áreas da saúde e
dos transportes são, como já vem sendo habitual, as que mais questões
levantam.O aumento da comparticipação aos
doentes deslocados, a conciliação de consultas para os pacientes da ilha
que se deslocam a São Miguel, mais enfermeiros ou uma máquina de
diagnóstico para a Unidade de Saúde de Ilha (USI) são algumas das
reivindicações nesta área.Ainda neste
setor, os acessos à ilha são uma das preocupações, já que o “número
reduzido de lugares nos voos da SATA para utentes da USI” leva “ao
atraso de consultas” e “os constrangimentos globais nas acessibilidades
aéreas obrigam a estadias prolongadas em São Miguel”.Por
isso, o órgão consultivo sugere “um incremento no número de voos entre
as ilhas de São Miguel e Santa Maria, sobretudo no Inverno IATA” (sigla
em inglês para Associação Internacional de Transporte Aéreo, que define
anualmente o verão e o inverno do setor).Nas
acessibilidades, matéria que já tinha merecido um memorando específico
do Conselho de Ilha, as propostas são reiteradas: mais voos e melhor
“conectividade com as ilhas que apresentem ligações com o resto do
mundo, com ênfase particular para a América do Norte e o continente
português”.Para o transporte marítimo, o
Conselho considera “preferível a existência de uma operação regular
marítima entre as ilhas de São Miguel e Santa Maria”, com datas de
início e fim da operação fixas (e não condicionadas pela data das Festas
do Senhor Santo Cristo dos Milagres, em Ponta Delgada, São Miguel), mas
sugere que a programação “seja feita com antecedência, abrangendo um
período nunca inferior a seis meses”.O
ordenamento territorial da zona do aeroporto volta a estar em cima da
mesa, pedindo-se ao Governo Regional que crie “travões imediatos à
anarquia urbanística” verificada na zona e que elimine “definitivamente a
habitação em estruturas metálicas visivelmente degradadas e sem
condições mínimas de salubridade”.Além
disso, questiona-se se o executivo prevê “criar habitações dignas para
realojar as muitas famílias que ainda vivem” nessas habitações.No
memorando que prepara a última reunião do mandato entre o órgão
consultivo mariense e o Governo Regional, o executivo é também
questionado sobre o “ponto de situação” da instalação de um porto
espacial na ilha e pede-se investimento na área do turismo.Hoje é o primeiro de três dias de visita do executivo à ilha de Santa Maria.