Conselho de Ilha das Flores diz que respostas do Governo Regional ficaram “aquém do pretendido”
Hoje 10:40
— Lusa/AO Online
A Mesa do Conselho de Ilha das
Flores reuniu-se com o executivo açoriano, no âmbito de uma visita
estatutária à ilha das Flores, onde o seu presidente, José António
Corvelo, fez “eco das preocupações” que nos últimos quatro anos têm sido
colocadas e ainda não obtiveram resposta.Segundo o responsável, algumas das respostas obtidas ficaram “aquém do pretendido”.“Recebemos
da parte do senhor presidente do Governo [Regional], e de quem o
acompanha, a cordialidade institucional […], agora as respostas, em
alguns casos, ficam aquém daquilo que nós pretendíamos”, declarou.Para
além da obra de recuperação do porto das Flores, nas Lajes, que está a
decorrer, “havia outras questões, que estavam em cima da mesa”, e a Mesa
do Conselho de Ilha não recebeu as respostas que gostaria de ouvir,
devido a vários fatores, como a falta de empreiteiros e concursos que
ficaram desertos.António José Corvelo
referiu que os diversos assuntos que ficaram sem resposta serão
colocados pelo próximo Conselho de Ilha - que deverá ficar constituído
no final do ano ou no início de janeiro.“Caberá
ao próximo Conselho de Ilha voltar a insistir em algumas matérias que,
infelizmente, continuam em cima da mesa, mas ouvimos as explicações de
que não eram possíveis de realizar de momento porque a prioridade está
em algumas, [como é] o caso do porto das Flores, na vila das Lajes”,
relatou.O responsável reconheceu que não
podia sair satisfeito da reunião, mas destacou a “abertura por parte do
Governo para continuar a analisar essas matérias”.O
presidente do Governo dos Açores, José Manuel Bolieiro, reuniu-se com a
Mesa do Conselho de Ilha das Flores, onde foi apresentado um memorando
com uma síntese dos temas prioritários, relacionados com acessibilidades
aéreas e marítimas, habitação, educação, saúde e demografia.Segundo
Bolieiro, no que diz respeito a infraestruturas para acessibilidades,
“veio de novo [à discussão] a situação do porto das Lajes e o seu
projeto de reconstrução”.O Conselho de
Ilha foi informado “que os prazos estão a ser cumpridos e o plano da sua
recuperação, ampliação e modernização está a corresponder”.Relativamente
ao porto das Poças, em Santa Cruz, “até por indisponibilidade de
mão-de-obra e de empreiteiros para poderem fazê-lo, ele fica num
calendário que depende mais das disponibilidades da capacidade do
mercado oferecer resposta do que propriamente a ausência de planeamento
por parte do Governo e das responsabilidades da Portos dos Açores”,
acrescentou.“Temos o projeto, temos tudo
pronto. Quando entendermos que há no mercado capacidade para desenvolver
o projeto fá-lo-emos, mas percebi que é justa a preocupação do
cumprimento da segunda fase”, explicou.Também
salientou o processo de revitalização económica do concelho de Santa
Cruz das Flores, relacionado com a possibilidade da instalação de um
parque industrial e a deslocalização dos armazéns do município.“O
Governo [Regional] manifestou-se disponível para cooperar com este
projeto”, disse, admitindo que “poderá ter impacto para toda a ilha”.