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Conselho de Ilha das Flores dá parecer negativo a Plano e Orçamento dos Açores para 2026

O Conselho de Ilha das Flores, nos Açores, deu parecer negativo às antepropostas de Plano e Orçamento da Região para 2026, por considerar que algumas questões da ilha são “sucessivamente ignoradas”


Autor: Lusa/AO Online

“Algumas das nossas constantes e repetidas reivindicações, que ano após ano temos vindo a chamar a atenção para a necessidade de incluir nos anteriores Planos e que não foram até hoje atendidas, continuam a ser ignoradas por este Governo Regional”, refere o órgão consultivo em nota de imprensa.

Na sequência de uma reunião ordinária de 17 de outubro, o Conselho de Ilha das Flores exemplifica com a segunda fase do porto das Poças, em Santa Cruz, a proteção da falésia na mesma vila, a obra no porto de Ponta Delgada, a necessidade de obras na aerogare do aeroporto e de um parque de estacionamento.

Acrescem obras nas escolas da ilha e a repavimentação de alguns troços de estradas que “já se encontram há anos em péssimo estado de conservação, sobretudo no interior da ilha”.

Aquele organismo espera que o Governo Regional “possa ainda corrigir (…) [as antepropostas de Plano e Orçamento] antes da sua entrada na Assembleia Legislativa Regional dos Açores”, para que, “quando for solicitado novo parecer pela respetiva comissão ao documento final, este possa contemplar algumas das reivindicações de longa data”.

A ilha das Flores conta nos documentos com uma verba que ronda os 69 milhões de euros, dos quais 48 milhões destinam-se à obra de reconstrução do porto das Lajes.

A anteproposta de Plano dos Açores para 2026 atinge os 990,9 milhões de euros, mais 172 milhões face a 2025, prevendo-se um crescimento de 2% do Produto Interno Bruto (PIB) e um endividamento até 150 milhões de euros.

As previsões macroeconómicas do Governo Regional preveem um crescimento de 2% e de 1,7% do PIB da região em 2026 e 2027, respetivamente, além de uma taxa de inflação nos “limites da razoabilidade” de 2,1% no próximo ano.