Conselho de Ilha das Flores confronta Governo dos Açores com obras no porto comercial
28 de set. de 2022, 05:35
— Lusa/AO Online
Os
elementos do Conselho de Ilha das Flores, organismo em que têm assento
as forças vivas da ilha, bem como autarcas e deputados, entre outros,
pretendem que se clarifique “a situação atual do projeto, sua
calendarização, os custos, bem como prazos para aquele investimento”.No
memorando que prepararam para a reunião que vão manter com o Governo
dos Açores, que esta quarta-feira inicia uma visita oficial à ilha, os
conselheiros pretendem conhecer quais as infraestruturas que vão ficar
associadas ao porto comercial das Flores, tais como a gare de
passageiros, infraestruturas de apoio aos pescadores e de apoio ao Clube
Naval, que “são de vital importância para o seu normal funcionamento”.O
Conselho de Ilha defende a criação, na zona adjacente, de uma piscina
de água salgada, tendo em conta a “importância da zona envolvente como
espaço de veraneio para os residentes e turistas que procuram aquela
zona para banhos”.O Porto das Poças de
Santa Cruz, obra considerado “estruturante para a ilha”, constitui
outras das preocupações dos conselheiros, que destacam a “importância de
valorizar neste empreendimento a área das pescas, do turismo e do
transporte de passageiros”.“Pretendemos
saber se o projeto está concluído, quando vai ser lançado a concurso e
iniciadas as obras. Pretende-se ainda saber quais as valências que ali
vão ser construídas, nomeadamente se está prevista a construção de
edifício para a lota, a gare de passageiros, uma bomba de combustíveis e
espaço para reparação de embarcações de pesca”, referem.No
capítulo do acesso à Saúde, o Conselho de Ilha quer “melhorar ainda
mais o acesso às consultas da especialidade fora da ilha, reforçando os
esforços com os três hospitais da região de forma a continuar a
proporcionar a todos os florentinos uma discriminação positiva que traga
conforto e segurança a quem recorra a consultas no exterior, quando
estas não sejam possíveis na ilha”.“Deve-se
procurar estabilizar o quadro médico do Centro de Saúde, assim como
dotar o mesmo quadro do número de enfermeiros, terapeuta da fala, e
terapeuta ocupacional, fisioterapeutas, técnicos de análises clínicas e
psicólogos, para além do pessoal administrativo e auxiliar indispensável
ao seu normal funcionamento”, defende o Conselho de Ilha.Os
conselheiros querem entretanto que seja reposto o acesso às consultas
no privado, “nas ilhas que tenham essa oferta, quando o público não
consiga dar a resposta adequada”.Os
florentinos pretendem, também, que o serviço de evacuações médicas “seja
agilizado por forma a ser mais célere, o que nem sempre acontece”,
sugerindo-se que o Governo Regional “deve analisar e imputar
responsabilidades quando os atrasos acontecem”.
As acessibilidades às Flores constituem outras das preocupações dos
conselheiros, tendo-se verificado “uma vez mais na época alta que houve
dificuldade na mobilidade dos residentes quer por motivos profissionais,
de saúde ou simplesmente para lazer”.Deve-se “aprofundar a discriminação positiva para com os passageiros das Flores”, de acordo com os conselheiros.O
Conselho de Ilha reitera a sua preocupação com a certificação da
iluminação da pista das Flores e pretende saber para quando está
prevista a ampliação da aerogare do aeroporto das Flores.Os
conselheiros, no capítulo da Educação, quem saber quando vão ser
realizadas as obras na EB 1,2,3/JI Padre Maurício Freitas, onde funciona
o ensino pré-escolar e o 1º ciclo, que “continua a necessitar de obras,
tendo em vista a criação de melhores condições de trabalho para toda a
comunidade educativa”.De acordo com o
programa da visita estatutária, a deslocação do Governo dos Açores
começa na noite de quarta-feira com a realização do Fórum Autonómico, no
Museu Municipal de Santa Cruz, sendo orador o presidente da Associação
Portuguesa das Agências de Viagens e Turismo (APAVT), Pedro Costa
Ferreira.