Congresso da JSD/Açores começa sexta-feira e discute estratégia até 2021
25 de jan. de 2019, 09:30
— Lusa/AO Online
Em
declarações à agência Lusa, o líder da JSD/Açores, Flávio Soares, que
se candidata a um segundo mandato sem enfrentar nenhum oponente,
explicou que pretende “manter o contacto com os militantes e com as
estruturas locais”, mas que este novo mandato “tem outras preocupações,
nomeadamente as eleições que vão decorrer” nos próximos dois anos.O
social-democrata considera, por isso, prioritário que a JSD/Açores se
dedique “mais à questão política, a auxiliar o PSD nas batalhas que se
avizinham”, tendo acrescentado que as moções apresentadas incluem
“propostas que podem servir para um programa eleitoral para qualquer uma
das eleições que se avizinham".No
congresso, que ocorre de sexta-feira a domingo, no Pavilhão Multiusos
de São Vicente Ferreira, no concelho de Ponta Delgada, será apresentada a
moção estratégica “Juntos até à Vitória”, subscrita por Flávio Soares,
bem como seis moções temáticas.A
diversidade das propostas apresentadas mostra que “a JSD é plural”,
considera o presidente da JSD açoriana, que apontou que, apesar da
manutenção da Comissão Política Permanente da estrutura, os restantes
órgãos terão uma renovação de “cerca de 82%”.Apesar
das declarações do líder nacional do partido em sentido contrário,
Flávio Soares acredita que, nas eleições europeias, “independentemente
de quem for o candidato, o que importa é que haja uma representatividade
do PSD na Europa, mas, acima de tudo, uma representatividade do
PSD/Açores na Europa".“Aliás,
eu sei que já há negociações nesse sentido. Vamos ver se Rui Rio estará
com a abertura que nós esperamos que tenha para colocar um candidato
pelos Açores num dos melhores lugares, que tenho quase a certeza que irá
acontecer”, afirmou.Questionado
sobre a situação atual do PSD nacional, Flávio Soares admitiu que foi
“dos poucos líderes das juventudes regionais e distritais de todo o país
que defendeu e apoiou Rui Rio publicamente”, quando apresentou a sua
candidatura à liderança do partido, mas acredita que o desafio de Luís
Montenegro, “apesar de não ter sido no 'timing' certo”, foi um “abanão”
que “fez com que o PSD e Rui Rio abrissem os olhos e verificassem que as
coisas, efetivamente, não estavam a correr como planeado”.O
20.º Congresso da JSD/Açores inicia-se às 20:30 de sexta-feira, com
intervenções do vice-presidente do PSD/Açores Cláudio Almeida e do
presidente da Mesa do Congresso, José Manuel Bolieiro, presidente da
Câmara de Ponta Delgada.Será, ainda, realizada uma cerimónia de homenagem ao deputado social-democrata Paulo Parece, que morreu em novembro de 2018.O
programa do congresso integra um jantar-conferência, no sábado, no qual
serão discutidos “Os Próximos Desafios da União Europeia” e que terá
como orador convidado o eurodeputado Paulo Rangel.A
sessão de encerramento, que se realiza no domingo, às 10h30, contará
com a intervenção dos presidentes das Juventudes Sociais-Democratas
nacional, dos Açores e da Madeira, bem como do presidente do PSD/Açores,
Alexandre Gaudêncio.