Autor: Lusa / AO online
“O concelho de Oliveira de Frades foi pioneiro neste tipo de criação e tem sediada a maior empresa nacional produtora de frango do campo”, justificou à agência Lusa João Moitas, da Confraria Gastronómica do Frango do Campo.
Segundo João Moitas, a empresa Campoaves comercializa cerca de 75% da produção nacional de frangos do campo.
O representante lembrou que se têm realizado no concelho várias iniciativas ligadas ao frango do campo e que, apesar de na região existir já a Confraria dos Gastrónomos de Lafões, “dado que é mais abrangente, não teria uma dedicação tão grande” a este produto.
“Já em maio houve a proclamação de Oliveira de Frades como a Capital Nacional do Frango do Campo. Impunha-se que houvesse uma confraria específica para cimentar esta marca em Oliveira de Frades”, considerou.
Esta semana, durante a cerimónia de escritura pública, estiveram presentes cerca de 50 pessoas ligadas à avicultura e à gastronomia, dos concelhos de Oliveira de Frades, Vouzela, Tondela e Viseu.
João Moitas acredita que, em meados de janeiro, quando acontecer o primeiro capítulo, poderão atingir-se os cem confrades.
O frango do campo, explicou, “é muito diferente do de aviário, ou industrial”, começando pela cor das penas, castanhas e avermelhadas, “o que lhe confere logo alguma rusticidade”.
Quanto ao tempo que demora a chegar ao mercado, o de aviário “demora entre 30 a 35 dias para ser abatido”, enquanto o do campo “tem de esperar 81 dias, no mínimo”.
Por outro lado, “há um controlo muito rigoroso da alimentação, que é à base de cereais”, acrescentou.
Tudo isto leva a que, segundo João Moitas, a carne destes frangos tenha “uma textura totalmente diferente” da dos outros.
“Não é um frango bom para churrasco. Mas assado no forno, com batatinhas, quase que compete com a vitela de Lafões. E também é muito apreciado de cabidela”, explicou.