Autor: Rui Jorge Cabral
Vai acontecer na sexta-feira, dia 26 de setembro, no Hotel Marina Atlântico, em Ponta Delgada, o primeiro evento organizado pelo projeto Nova Esperança.
Trata-se da conferência subordinada ao tema “Promover a Reabilitação e Emprego nos Açores”, que decorrerá entre as nove e as 12 horas, realizada com apoio do Grupo Bensaude e em parceria com a Associação para Inclusão Social - Novo Dia.
Estão previstas intervenções de Marica Ferri, chefe da secção Saúde e Respostas Sociais da European Union Drugs Agency (EUDA), bem como de João Goulão, presidente do Instituto para os Comportamentos Aditivos e as Dependências (ICAD).
Está também prevista a participação do diretor regional da Prevenção e Combate às Dependências do Governo Regional dos Açores, Pedro Fins. Hélder Fernandes, da Associação Novo Dia, bem como Luís Pacheco e Cristina Valente, ambos em nome do projeto Nova Esperança, também irão intervir na conferência, que contará ainda com João Luís Cogumbreiro, gerente do Hotel Marina Atlântico.
“O governo não chega a tudo, o governo também precisa de ajuda e é o que nós pretendemos fazer através deste projeto e especificamente através desta conferência, é alertar as pessoas que existe uma outra maneira de nós coordenarmos os nossos esforços como sociedade civil e, obviamente, aqui as empresas regionais têm um papel muito importante a desenvolver na resolução deste problema” afirma em declarações ao AçorianoOriental Érico Matias Tavares, um dos mentores do projeto Nova Esperança - Acolher/Empregar/Acompanhar, juntamente com a psicóloga Cristina Valente, a enfermeira Renata Silva e Luís Pacheco, um técnico que lida diariamente com o drama das famílias afetadas pela toxicodependência.
Érico Matias Tavares considera importante dar a conhecer às empresas alguns casos de estudo no mundo, onde a mesma abordagem foi aplicada com sucesso e dar-lhes algum conforto no emprego dos toxicodependentes em recuperação, “porque se as empresas quiserem realmente empregar estas pessoas, tem de haver alguma sensibilidade, porque são casos especiais e sendo casos especiais, precisam de um acompanhamento especial. E é isso que nós também queremos dar, algum conforto às empresas e dizer-lhes que existem estes recursos que vocês podem utilizar e com os quais vão estar amparados”.
O economista lembra ainda que “as pessoas não podem ser deixadas ao abandono e o governo tem feito trabalho nesta área, mas é preciso mais e o Governo não pode fazer tudo”.
Por isso,
Érico Matias Tavares conclui, salientando que “há muitas pessoas que
são toxicodependentes e que já trabalham nas empresas, portanto, as
próprias empresas também precisam ter alguns conhecimentos de como é que
se lida com essas situações e como é que, eventualmente, se pode
retirar as pessoas desta situação”.