Conferência Episcopal prepara campanha de auxílio às populações vítimas da guerra
6 de out. de 2024, 13:00
— Lusa/AO Online
“São
milhões de pessoas que ficam afetadas e, sobretudo, são os mais pobres,
as crianças e os mais débeis aqueles que pagam a fatura mais dramática”
dos conflitos, disse o também bispo de Leiria-Fátima, em Roma, onde
participa nos trabalhos do Sínodo dos Bispos que decorre até 27 de
outubro.José Ornelas anunciou o lançamento
da campanha, sem adiantar pormenores, ao comentar a jornada de oração e
jejum pela paz convocada pelo Papa Francisco para os este domingo e
segunda-feira.O jejum é “um gesto
simbólico que se deve traduzir em real compaixão e solidariedade com
aqueles que são atingidos por estes conflitos”, disse o prelado
português, citado pela agência Ecclesia, adiantando que as populações
afetadas são “vítimas do que a própria humanidade faz”.O
vice-presidente da CEP, Virgílio Antunes, bispo de Coimbra, que também
se encontra a participar nos trabalhos sínodo, recordou os “povos que
sofrem e que morrem”, desejando que o mundo “se possa converter, mudar
de atitude”.“Há um respeito absolutamente
necessário, que todos temos de cultivar, e se isso acontecesse, a guerra
teria fim”, adiantou o bispo.O Papa, na
quarta-feira, missa de abertura da Assembleia Geral do Sínodo dos
Bispos, que decorre em Roma até 27 de outubro, convocou todos os fiéis a
rezarem pela paz no mundo, nos próximos domingo e segunda-feira.Este domingo, o Papa Francisco rezará o terço na Basílica de Santa
Maria Maior, em Roma, em conjunto com os participantes da assembleia
sinodal. Para o dia seguinte está convocada um dia de oração e jejum
pela paz no mundo.A CEP apelou à
participação dos cristãos na jornada de oração pela paz no mundo, o
mesmo acontecendo com o cardeal Américo Aguiar, para quem “é urgente”
que os cristãos saiam do seu “conforto e segurança” e sejam “solidários
com os que sofrem a guerra, seja na Terra Santa, na Ucrânia, em Myanmar,
no Sudão, seja em tantos outros locais do mundo onde a guerra é o
quotidiano da vida”.Também o patriarca de
Lisboa, Rui Valério, já veio a público considerar que “as guerras que
estão a acontecer pelo mundo ferem o coração da humanidade”“Não
podemos ser indiferentes aos mortos, aos reféns, às crianças que
perderam os pais e a tantas pessoas que de forma direta ou indireta
sofrem por causa dos conflitos armados”, escreveu o patriarca.