Conferência de líderes e comissão permanente da AR reúnem-se na próxima semana
4 de fev. de 2022, 11:14
— Lusa/AO Online
De
acordo com o site do parlamento, a conferência de líderes reúne-se na
quarta-feira, pelas 16h00 (menos uma nos Açores), e a Comissão Permanente - órgão que substitui
o plenário fora do período de funcionamento efetivo da Assembleia da
República - na quinta-feira, também às 16h00.A
agenda da reunião da Comissão Permanente só será fixada pelos líderes
parlamentares, mas fontes partidárias disseram à Lusa que deverá ser uma
reunião “mais burocrática”, destinada a aprovar pareceres e assuntos
relacionados com a instalação e configuração do próximo parlamento.Segundo
as mesmas fontes, foi indicado às bancadas que a XV legislatura poderá
arrancar a 22 de fevereiro, embora esta data esteja dependente da
publicação do mapa oficial dos resultados das legislativas antecipadas
de 30 de janeiro.De acordo com o artigo
111.º-A da Lei Eleitoral para a Assembleia da República, o apuramento
geral dos resultados da eleição em cada círculo eleitoral terá de estar
concluído "até ao 10.º dia posterior à eleição".Ou
seja, até dia 09 de janeiro, o apuramento geral dos resultados de todos
os círculos eleitorais deverá estar terminado, sendo que apenas faltam
contabilizar os votos dos círculos da Europa e Fora da Europa.Posteriormente,
e depois de ter recebido as atas de apuramento geral de todos os
círculos eleitorais, a Comissão Nacional de Eleições (CNE) elabora e faz
publicar em Diário da República um mapa oficial com o resultado das
eleições.De acordo com o artigo 115.º da
lei eleitoral para a Assembleia da República, a CNE dispõe de oito dias
para a publicação desse mapa oficial, prazo que nem sempre é esgotado.Após
a publicação do mapa oficial em Diário da República, "a Assembleia da
República reúne por direito próprio no terceiro dia posterior ao
apuramento dos resultados gerais das eleições", conforme estabelece o
artigo 173.º da Constituição.Nas
legislativas de domingo, o PS conseguiu pela segunda vez na sua história
uma maioria absoluta, com 41,7% dos votos e 117 deputados (tinha 108 na
anterior legislatura), quando ainda faltam apurar os quatro eleitos
pelos círculos da emigração, que nas últimas legislativas foram
repartidos entre PS e PSD.O PSD ficou em
segundo, a 13 pontos percentuais de distância, com 27,8% dos votos em
território continental, com os quais elegeu 71 deputados, conseguindo um
total de 76 (tinha 79) com os cinco mandatos eleitos em coligações com o
CDS-PP na Madeira e CDS-PP e PPM nos Açores, e uma percentagem que sobe
para cerca de 29%.O Chega ficou em
terceiro lugar, com 7,15% e 12 deputados, e a Iniciativa Liberal em
quarto, com 5% dos votos e oito deputados (ambos os partidos tinham um
deputado único na anterior legislatura).O
BE ficou em quinto lugar em termos de votação, com 4,5% dos votos, e
elegeu cinco deputados (tinha 19), tornando-se a sexta força
parlamentar, atrás da CDU, que com menor percentagem, 4,4%, conseguiu
seis eleitos – todos do PCP, o PEV não elegeu nenhum deputado, contra os
12 eleitos no total em 2019.O PAN, com
1,5%, passou de quatro deputados para apenas um eleito, enquanto o
Livre, com 1,3%, elegeu novamente um deputado. O CDS-PP obteve 1,6% dos
votos e pela primeira vez desde o 25 de Abril de 1974 ficou sem
representação parlamentar, depois de na última legislatura ter uma
bancada de cinco deputados.