Conferência de Istambul centrada na segurança

31 de out. de 2007, 20:22 — Lusa / AO online

O chefe da diplomacia de Bagdad, Hoshyar Zebari, em conferência de imprensa conjunta com o homólogo iraniano, Manuchehr Mottaki, adiantou que a tensão na fronteira turco-iraquiana e a actividade terrorista do Partido dos Trabalhadores do Curdistão (PKK) não deverão relegar para segundo plano as questões no topo da agenda. Esta conferência é o culminar de esforços desencadeados em Maio no sentido de, nomeadamente, controlar melhor as fronteiras e os fluxos de refugiados do Iraque. Face à ameaça de uma invasão militar turca do Curdistão iraquiano para “limpar” as bases de retaguarda de 3.500 guerrilheiros do PKK, Mottaki, por seu turno, também insistiu no imperativo de a Conferência de Istambul se centrar na segurança do Iraque. “Falámos das relações bilaterais e constatámos progressos no sector económico, comparativamente ao ano transacto”, salientou o chefe da diplomacia de Teerão, indicando que as trocas entre os dois países foram acima dos 1.500 milhões de euros.  Mottaki classificou de “positiva” a disponibilidade norte-americana - referida por Zebari - para um novo frente-a-frente com diplomatas iranianos. Já tiveram lugar dois encontros diplomáticos entre representantes norte-americanos e iranianos sobre o Iraque, apesar de Washington e Teerão estarem de relações cortadas desde 1980. O chefe da diplomacia de Teerão acentuou que Bagdad é “responsável” pela libertação de iranianos detidos pelos norte-americanos no Iraque. Estes iranianos foram capturados a 20 de Setembro, em Suleimaniyeh (norte), sob a acusação de estarem a contrabandear armas para os rebeldes. Cinco deles - capturados anteriormente, em Janeiro, sob acusação de apoiarem os insurrectos - permanecem detidos.