Conferência começa com financiamento para a ação climática na agenda
COP29
11 de nov. de 2024, 17:03
— Lusa/AO Online
A
reunião, que decorre até dia 22, deverá ser marcada pelas negociações
do chamado “Novo Objetivo Quantificado Coletivo” (NCQG na sigla em
inglês).O propósito é estabelecer um novo
valor da ajuda financeira Norte-Sul para a luta e adaptação às
alterações climáticas, um ano após o acordo sem precedentes entre países
de todo o mundo a favor de uma “transição” para o abandono dos
combustíveis fósseis na COP28.Pretende-se
também alcançar compromissos de redução de emissões até 2030, depois do
último relatório da ONU sobre emissões de gases com efeito de estufa
(GEE) ter previsto um aquecimento global de 3,1 graus celsius (°C) até
ao final do século, caso se mantenham as políticas atuais.O
Acordo de Paris determinou que a redução de emissões de GEE deveria
impedir que as temperaturas mundiais subissem além de 02ºC (graus
celsius) acima dos valores da época pré-industrial, e de preferência que
não aumentassem além de 1,5ºC.A agenda
inclui ainda o balanço global dos progressos relativos à redução de
emissões desde o Acordo de Paris e espera-se que seja possível um acordo
sobre o Objetivo Global de Adaptação (GGA) até 2025.Delegações de quase 200 países estarão presentes na cimeira, que deve contar com cerca de 50.000 participantes.A
COP29 ficará marcada pela ausência dos presidentes dos Estados Unidos e
do Brasil, bem como da presidente da Comissão Europeia, Úrsula von der
Leyen, entre líderes de vários países que tradicionalmente participam
nas negociações.A ministra do Ambiente e
Energia, Maria da Graça Carvalho, vai presidir à delegação portuguesa na
cimeira das Nações Unidas sobre alterações climáticas no Azerbaijão, a
COP29, onde Portugal terá um pavilhão próprio com 55 iniciativas.