Confagri lamenta cortes no Plano Estratégico da Política Agrícola Comum
7 de out. de 2024, 17:36
— Lusa/AO Online
“Considerando,
desde sempre, que o investimento no setor agrícola deve ser uma
prioridade para o Governo, a Confagri [Confederação Nacional das
Cooperativas Agrícolas e do Crédito Agrícola de Portugal] não pode
aceitar o drástico corte nos valores apresentados na 3.ª reprogramação
do PEPAC”, apontou, em comunicado. A
Confagri disse ter recebido com desapontamento o modelo do PEPAC
apresentado pelo Governo, constatando que não incentiva a produção, o
que irá trazer “consequências dramáticas para o caminho da
autossuficiência alimentar”.Por outro
lado, a confederação defendeu uma estratégia de produção e crescimento,
sublinhando que as políticas públicas devem ser usadas para quem faz uma
gestão ativa do território. “Não apostar
no investimento é abdicar do futuro da agricultura e deitar a perder a
possibilidade atribuída pela Política Agrícola Comum, dos agricultores
inovarem nas suas produções, melhorarem as suas práticas sustentáveis e
serem mais competitivos nos mercados europeus e globais”, afirmou,
citado na mesma nota, o secretário-geral da Confagri, Nuno Serra. O
PEPAC de Portugal, que decorre desde 2023 e até 2027, tem medidas de
apoio aos objetivos da Política Agrícola Comum, com recurso ao Fundo
Europeu Agrícola de Garantia (FEAGA) e ao Fundo Europeu Agrícola de
Desenvolvimento Rural (FEADER).