Concurso para obras em estrada fechada há um ano na Terceira com três propostas
14 de jan. de 2025, 10:22
— Lusa/AO Online
"Temos
três propostas, agora o júri vai avaliar estas propostas. Estou
confiante de que entre três propostas, alguma irá certamente
corresponder ao caderno de encargos e nos vai resolver o problema do
Raminho definitivamente”, afirmou a secretária regional do Turismo,
Mobilidade e Infraestruturas, Berta Cabral.Desde
14 de janeiro de 2024 que a estrada principal entre as freguesias da
Serreta e Raminho, no concelho de Angra do Heroísmo, está encerrada,
devido a uma derrocada provocada por um sismo de 4,5 na escala de
Richter, inserido na crise sismovulcânica em curso na ilha Terceira
desde junho de 2022.Questionada pelos
jornalistas, na véspera de passar um ano do incidente, Berta Cabral
sublinhou que o executivo não ficou um ano sem fazer nada.“Quando
se diz que passou um ano, parece que num ano não se fez nada. Num ano
já se fez muito, desde logo já houve intervenções, foram lançados vários
concursos, que ficaram desertos. Houve um ajuste direto. Já se fez a
limpeza de grande parte dos taludes”, enumerou.A
governante ressalvou que depois da limpeza foi possível “perceber por
parte do Laboratório Regional de Engenharia Civil (LREC) que intervenção
deveria haver” e foi lançado um novo concurso público, cujo prazo de
entrega de propostas terminou na sexta-feira.É
preciso ainda aguardar pelos trâmites legais, mas Berta Cabral disse
esperar que a obra arranque “dentro de dois a três meses”.“Penso
que vamos ter uma empreitada a decorrer em muito pouco tempo. Claro que
agora faz-se a apreciação dos projetos, depois é o relatório do júri,
depois faz-se o contrato, tem de ir para o Tribunal de Contas. Isto tem
os seus tempos. Não é amanhã, eu gostava que fosse, mas não é amanhã”,
apontou.Lançado a 17 de dezembro, o novo concurso público tem um preço base de 2,4 milhões de euros e um prazo de execução de 180 dias.O
Governo Regional tinha lançado, a 26 de julho, um concurso para a
conceção e construção da reabilitação do talude, que apresentava “sinais
de instabilidade”, por um valor base de 4 milhões de euros. Em
dezembro, o executivo revelou que o concurso só tinha tido uma
proposta “que ficou acima do preço base e, por isso, teve de ser
excluída”.Entretanto, está a decorrer uma
obra de asfaltagem de um caminho florestal alternativo, orçada em 400
mil euros, que o Governo Regional prevê estar concluída em março.