Concluído mapeamento do uso do oceano em três ilhas dos Açores
14 de mar. de 2022, 16:03
— Lusa/AO Online
Segundo
uma nota de imprensa do executivo açoriano, foram recebidas 495
respostas aos inquéritos, “representando o uso do oceano de cerca de
1.100 pessoas que partilharam o seu conhecimento do mar dos Açores”.Durante
três semanas, os participantes foram convidados a indicar e a
classificar por grau de importância as zonas do oceano que mais utilizam
e valorizam, como as áreas da pesca ou de atividades lúdicas.Esta
iniciativa é realizada no âmbito do Programa Blue Azores, iniciativa
centrada na conservação e no uso sustentável dos recursos marinhos, que
visa proteger 30% do mar dos Açores através de Áreas Marinhas
Protegidas. Os resultados deste processo serão depois utilizados na definição das Áreas Marinhas Protegidas dos Açores.As
informações obtidas no inquérito “irão complementar e aprofundar os
dados científicos existentes, ajudando a preencher lacunas relacionadas
com as atividades que ocorrem nas zonas costeiras do arquipélago”,
indica o Governo.A
informação recolhida pelo inquérito será trabalhada e transposta para
mapas, ilha a ilha, que indicarão as áreas mais importantes para as
pescas, mas também as zonas marítimas consideradas turísticas ou
reservadas a atividades lúdicas. As próximas ilhas que vão receber os inquéritos de mapeamento dos usos do oceano são a Graciosa, Pico, Faial, e São Jorge.A
07 de março, o presidente do Governo açoriano reiterou o objetivo de
atingir até 2023, sete anos antes da meta definida pela União Europeia,
os 30% de Áreas Marinhas Protegidas (AMP), salientando que os Açores
querem ser "um bom exemplo" mundial."O
que nós temos é um objetivo de proteção de 30% da nossa Zona Económica e
Exclusiva. Um total de 15% de áreas marinhas totalmente protegidas e os
outros 15% protegidas. E, por isso, são os objetivos e as metas que
queremos alcançar e que ficaram bem claras desde a primeira reunião",
sublinhou José Manuel Bolieiro, em declarações aos jornalistas.Na
sessão de abertura da reunião para definição de novas Áreas Marinhas
Protegidas (AMP), em Ponta Delgada, Bolieiro lembrou a meta definida
pela Estratégia de Biodiversidade da União Europeia (UE), que pretende a
implementação de Áreas Protegidas em 30% do mar europeu até 2030.Divulgado
em novembro de 2019, o relatório do programa Blue Azores sugeriu o
aumento significativo das zonas sob proteção total na zona económica
exclusiva (ZEE) dos Açores, uma vez que as áreas marinhas protegidas
existentes "não mostram benefícios claros".