Concertação Social discute hoje plano de estabilização económica
Covid-19
2 de jun. de 2020, 09:56
— Lusa/AO Online
As confederações patronais - CIP, CCP, CTP e
CAP - têm a expectativa de que o Governo avance com o prolongamento do
‘lay-off’ simplificado e com o reforço das linhas de crédito, enquanto
as centrais sindicais - CGTP e UGT - defendem que os trabalhadores não
podem continuar a perder rendimentos.O
‘lay-off’ simplificado (suspensão do contrato ou redução do horário de
trabalho com perda de remuneração) termina em 30 de junho, mas o Governo
já admitiu uma nova medida semelhante, adaptada à atual fase de
desconfinamento, em que a maioria das atividades económicas já foi
retomada.Na sexta-feira, no final do
Conselho de Ministros, o primeiro-ministro, António Costa, afirmou que
procurará que a futura medida de proteção ao emprego "não tenha um peso
tão pesado" na perda de rendimentos dos trabalhadores como o atual
mecanismo de `lay-off´ e, idealmente, nem implique qualquer perda."Creio
que é claro para todos a grande preocupação de que a medida que não
implique a descapitalização da Segurança Social e uma outra, partilhada
por todos, que essa medida de proteção e emprego não tenha um peso tão
pesado na perda de rendimentos por parte dos trabalhadores e que,
idealmente, não implique perda de rendimentos por parte dos
trabalhadores", afirmou António Costa.Por
outro lado, o primeiro-ministro defendeu que a medida não pode
constituir "um incentivo perverso à inatividade por parte das empresas",
mas tem de ser um estímulo para que possam abrir portas e participar no
"esforço de relançamento da economia.O
semanário “Expresso” noticiou no sábado que, entre os cenários que estão
a ser estudados pelo Governo, inclui-se um que prevê o pagamento de
100% da remuneração dos trabalhadores com remunerações mais baixas.Em
estudo está também o fim da isenção das contribuições para a Segurança
Social a cargo das empresas – que atualmente é concedida a quem tenha
recorrido ao ‘lay-off’ simplificado – nomeadamente para as empresas de
maior dimensão.Uma outra medida que é dada
como certa pela CIP - Confederação Empresarial de Portugal é a
eliminação, este ano, do pagamento por conta do IRC, uma das medidas
defendidas pelas confederações patronais.A
reunião da Concertação Social sobre o PEES acontece a cerca de uma
semana da entrega do Orçamento do Estado suplementar no parlamento que,
segundo fonte do gabinete do secretário de Estado dos Assuntos
Parlamentares disse à Lusa, deverá ocorrer em 09 de junho - data em que o
documento deverá ser aprovado pelo Conselho de Ministros - ou em 12 de
junho, uma vez que dias 10 e 11 são feriados.Tal
como as últimas, a reunião da Concertação Social, marcada para as
17h00 (menos uma nos Açores) realiza-se por videoconferência, devido às regras de segurança no
âmbito do combate à pandemia.