Conceição retira carga ao clássico na corrida pelo título
3 de mar. de 2024, 01:39
— Lusa /AO Online
“Acho que todos os encontros são importantes. Não há jogos de tudo ou nada, mas para ganhar. Não é com a diferença pontual [em mente] que vamos preparar o próximo duelo, mas olhando para o adversário para disputá-lo da melhor forma. Será necessário um FC Porto no seu melhor, forte, competente e a perceber aquilo que tem de fazer. Não vamos pensar em mais nada, porque não vale a pena”, observou, em conferência de imprensa.Os ‘dragões’ tentam voltar aos triunfos na prova, após terem empatado no terreno do Gil Vicente (1-1), numa fase em que estão no terceiro lugar, a nove pontos do líder isolado e campeão nacional Benfica e a sete do Sporting, segundo colocado (menos uma partida).“Se começarmos a olhar para trás e para a frente, poderemos tombar. Há que olhar para quem está à frente e ir à procura destes três pontos importantes. Pressão? Faz parte de quem treina uma equipa profissional de futebol, que, independentemente das mais-valias dos adversários, tem obrigação de ganhar. Dou-me bem com essa pressão”, assegurou.Os dois rivais vão defrontar-se três dias depois de terem competido na Taça de Portugal, com o FC Porto, detentor do troféu, a superiorizar-se com reviravolta nos Açores face ao Santa Clara (2-1), líder da II Liga, num duelo dos quartos de final que foi reatado aos 27 minutos, após ter sido suspenso em 07 de fevereiro, face às más condições do relvado.Já o Benfica sofreu a primeira derrota em mais de três meses, ao perder na casa do rival lisboeta Sporting (2-1), para a primeira mão das ‘meias’, com Sérgio Conceição a vincar que os ‘encarnados’ reúnem a defesa menos batida do campeonato, prova na qual estão invictos desde a jornada inaugural, quando cederam no Bessa perante o Boavista (3-2).“Dentro da dinâmica ofensiva das equipas, há sempre jogadores que se destacam pelas suas características. O Rafa e o Di María são excelentes jogadores, muito experientes e com uma qualidade acima da média, mas o Benfica vale um pouco pelo seu todo e acho que não é ter uma ou outra individualidade que resolve as coisas. Com maior ou menor dificuldade, eles têm feito o seu trajeto. Isso diz que há algum trabalho coletivo”, avaliou.Questionado sobre a aposta num ataque móvel, que foi utilizado pelo Benfica nos últimos dois jogos e na primeira parte da Supertaça Cândido de Oliveira conquistada face ao FC Porto (2-0), em agosto de 2023, em Aveiro, o treinador ‘azul e branco’ admitiu incerteza.“O Rafa não deixa de ser móvel jogando como ponta de lança. A partir desse lugar, vem para espaços que ocupa quando joga a segundo avançado ou como ala. Temos de estar preparados para diferentes situações e para quem joga, pois o modelo não tem mudado muito. Falamos de um ‘4-4-2’. Se as peças mudarem, tudo se pode alterar”, reconheceu.Os ‘dragões’ perderam os três jogos ‘grandes’ efetuados esta época e acabaram sempre em inferioridade numérica, sendo que Sérgio Conceição desejou ao árbitro principal João Pinheiro e às respetivas equipas de arbitragem e de videoarbitragem (VAR) que “sejam competentes e que, no final, não seja por algum erro deles que o jogo se possa decidir”.O FC Porto, terceiro colocado, com 49 pontos, recebe o líder isolado e campeão nacional Benfica, com 58, dois acima do Sporting (menos uma partida), no domingo, às 20:30, no Estádio do Dragão, no Porto, sob arbitragem de João Pinheiro, da associação de Braga.