Comunicação deve melhorar após simulacro de sismo que testou resposta militar e civil
Hoje 11:55
— Lusa/AO Online
“O
exército, em particular, tem uma capacidade de comunicações terrestres
bastante boa (…) mas é preciso nós treinarmos melhor esta capacidade de
comunicações para integrar os vários sistemas que existem”, disse o
chefe do estado-maior do Exército, o general Eduardo Mendes Ferrão, em
declarações aos jornalistas sobre as conclusões do Exercício FÉNIX 25
que decorreu em Lisboa.O
general disse ainda que a integração das equipas de segurança no mesmo
“espaço é crítica”, destacando que os grupos não estão treinados para
cooperar uns com os outros.O chefe do
estado-maior do Exército destacou ainda que quando diferentes equipas
trabalham em conjunto precisam de ter os mesmos padrões de atuação, de
forma a atingir uma resposta atempada e de qualidade.O
exercício Fénix25 envolveu operacionais da Autoridade Nacional de
Emergência e Proteção Civil (ANEPC), dos Bombeiros Voluntários de
Lisboa, da Câmara Municipal de Lisboa, da Cruz Vermelha Portuguesa, da
Força Aérea, da Guarda Nacional Republicana (GNR), da Polícia de
Segurança Pública (PSP), da Polícia Municipal de Lisboa, da Força
Especial de Proteção Civil e do regimento de Sapadores Bombeiros de
Lisboa.Para o presidente da Câmara
Municipal de Lisboa, Carlos Moedas, que também esteve presente no
balanço final do exercício, é importante que os operacionais se
conheçam, destacando que a comunicação é essencial.Após
ser questionado sobre a capacidade de resposta dos operacionais a um
sismo real, Carlos Moedas respondeu que os resultados dos exercício
foram positivos, sublinhando que quanto mais exercícios forem
realizados, neste âmbito, mais preparadas estão as forças de segurança
para uma catástrofe.“Eu penso que os
resultados foram muito positivos, de um trabalho muito bom entre todas
as forças, não só municipais como também nacionais, portanto agora é
continuar, penso que quanto mais exercícios fizermos, mais estamos
preparados”, indicou o autarca.Para o
comandante nacional de emergência e proteção Civil, Mário Silvestre, as
entidades estão preparadas para dar resposta a um sismo de grande
magnitude, mas devem procurar sempre melhorar as suas capacidades“Eu
diria que nós estamos preparados, mas, na realidade, nunca podemos
estar confortáveis, com aquilo que temos. E, portanto, devemos continuar
a maximizar o nosso potencial e a explorar novas capacidades”, referiu o
comandante, destacando a integração de empresas inovadoras nos
exercícios.O Exercício FÉNIX 25 é o maior
exercício nacional no âmbito do apoio militar de emergência e visa
testar e validar a resposta coordenada do Sistema de Apoio Militar de
Emergência do Exército aos pedidos de ajuda da Proteção Civil.O
teste começou na segunda-feira e terminou hoje, sendo que foram
realizados exercícios de busca e resgate de pessoas, inclusive com cães
militares, entre outras ações necessárias em caso de um sismo de
magnitude, como por exemplo a desobstrução de vias.O
Exercício FÉNIX 25 ocorreu em vários locais do distrito de Lisboa e
contou com participação de 411 operacionais apoiados por mais de 100
veículos.Este exercício realiza-se todos os anos desde 2018.