Complemento de pensões anunciado por Governo é eleitoralista
16 de ago. de 2024, 12:08
— Lusa/AO Online
Pedro
Nuno Santos falou aos jornalistas à chegada à Feira Medieval de Silves,
no distrito de Faro, e desvalorizou também a criação de passes
ferroviários anunciada por Luís Montenegro na Festa do Pontal, que
marcou na quarta-feira a 'rentrée' do PSD, em Quarteira, no distrito de
Loulé, considerando que “não há grande novidade” numa medida que “já
estava aprovada no Orçamento do Estado para 2024 e carecia era de
implementação”.O líder do PS criticou Luís
Montenegro e o ministro das Finanças, Joaquim Miranda Sarmento, por
terem vindo a dizer que “a situação orçamental que herdaram não era tão
boa como se dizia”, mas salientou que a situação financeira deixada pelo
PS “permitiu ao primeiro-ministro chegar a 14 de agosto e dizer que, em
outubro, vai haver um complemento adicional para os mais velhos”.“Quisesse
este Governo resolver problemas estruturais dos mais velhos em
Portugal, o aumento de pensões era permanente, isto não é um aumento de
pensões, isto é um suplemento que se repete apenas num mês e não tem
repetição nos outros meses”, argumentou.Pedro
Nuno Santos reconheceu que o PS, quando estava no Governo, também
atribuiu um suplemento extraordinário a pensionistas, mas fê-lo “num
contexto inflacionário” para dar maior poder de compra aos mais velhos.“Para
lá da lei de atualização de pensões, o PS fez seis aumentos permanentes
nas pensões, fez esse suplemento extraordinário uma vez, num contexto
inflacionário que não existe hoje e portanto eu também retiro desta
medida uma conclusão, o Governo quer, está convencido de que precisa de
ter umas eleições antecipadas, é a única razão para esta medida”,
criticou.Pedro Nuno Santos disse que, caso
o PSD e o Governo quisessem resolver o problema estrutural dos mais
velhos, no que diz respeito aos rendimentos, porque as pensões ainda são
baixas, então faziam um aumento permanente”.“Isto não é um aumento permanente, é um aumento que tem outro objetivo, que é um objetivo eleitoral, como é evidente”, reiterou.