Companhias aéreas United Airlines e American Airlines vão despedir 32.000 trabalhadores
1 de out. de 2020, 08:16
— Lusa/AO Online
No total, as duas empresas contam dispensar
32.000 trabalhadores, uma vez que os políticos norte-americanos não
chegaram a acordo sobre uma extensão da ajuda ao setor aéreo, em crise
devido à pandemia.Ambas as empresas exortaram o Congresso dos EUA a aprovar um novo plano de salvamento para evitar despedimentos. No
entanto, as negociações entre Democratas e Republicanos para aprovar um
novo pacote de estímulos para enfrentar a crise económica resultante da
pandemia do coronavírus têm estado paradas há meses. O
presidente executivo da American Airlines, Doug Parker, deixou, no
entanto, uma porta aberta: "Vamos cancelar" estes despedimentos "e
chamar os membros da equipa afetada" se os Democratas e Republicanos
chegarem a um compromisso nos próximos dias, disse, numa mensagem aos
funcionários.A United Airlines, entretanto, dispensará cerca de 13.000 empregados, incluindo quase 7.000 comissários de bordo. "Instamos
os nossos representantes eleitos a chegar a um compromisso, fazer um
acordo agora e salvar os empregos", disse a empresa sediada em Chicago,
numa mensagem aos seus empregados. As
companhias aéreas norte-americanas receberam uma ajuda de 25 mil milhões
de dólares do maior pacote de estímulo económico da história do país,
no valor de 2 biliões de dólares, aprovada em março. Em troca da receção do dinheiro, as companhias aéreas comprometeram-se a não despedir empregados até 30 de setembro. O tráfego aéreo, que estava em queda livre no início da pandemia, está longe de voltar ao normal. Muitos
passageiros continuam relutantes em voar em espaço confinado, os voos
internacionais continuam sujeitos a restrições rigorosas e as viagens de
negócios estão a meio gás.O número de
clientes que passam pela segurança nos aeroportos americanos é ainda
cerca de 60% a 70% inferior ao do mesmo período em 2019, de acordo com
números governamentais. Os Estados Unidos
registaram 964 mortos e 41.252 infetados com o novo coronavírus nas
últimas 24 horas, segundo a contagem independente da Universidade Johns
Hopkins.Com este último balanço o país atingiu um total de 206.859 óbitos e 7.227.779 casos confirmados na segunda-feira.A
pandemia de covid-19 já provocou mais de um milhão de mortos e mais de
33,7 milhões de casos de infeção em todo o mundo, segundo um balanço
feito pela agência francesa AFP.