Companhia prevê operar cerca de 30% da sua capacidade em novembro e dezembro
TAP
23 de nov. de 2020, 12:08
— Lusa/AO Online
“Reforçámos
as rotas com maior procura nesta época [Natal e Ano Novo], ficando a
operação, ainda assim, muito aquém da que se registava antes da
pandemia”, referiu o presidente executivo da companhia, Ramiro Sequeira,
numa mensagem enviada aos trabalhadores, a que a Lusa teve acesso, que
dá conta da divulgação da segunda ‘factsheet’ operacional (documento com
informação operacional), que a TAP começou a disponibilizar em outubro,
com informação atualizada sobre a pandemia e projeções e estudos sobre a
indústria a nível mundial, bem como o respetivo impacto na sua
operação.“É neste contexto que a TAP prevê
operar, em novembro e dezembro deste ano, cerca de 30% da sua
capacidade, face a igual período do ano passado”, acrescentou o
responsável.O presidente da transportadora
adiantou, ainda, que a operação do período de Natal e Ano Novo “está
preparada para corresponder às necessidades” dos clientes que queiram
passar o seu Natal em casa, apesar das restrições impostas para conter a
propagação do novo coronavírus.De acordo
com a comunicação aos trabalhadores, a TAP reduziu em 69% a sua
capacidade (chamada ASK ‘available seat kilometer’) em outubro de 2020,
face a outubro de 2019. No mesmo período, a transportadora reduziu o número de voos em 67%.“A
evolução da redução do número de voos ao longo deste ano, com vista a
ajustar a capacidade e a operação à diminuição da procura e ao aumento
das restrições de mobilidade, exprime bem o esforço da TAP para
minimizar o impacto da pandemia na nossa atividade”, apontou Ramiro
Sequeira.Nos dados divulgados na
‘factsheet’, a TAP referiu que, ainda assim, a taxa de ocupação (‘load
factor’) média global entre maio e agosto, quando ponderada com o volume
de voos realizados em cada mês, é de 60%, isto é, vinte pontos
percentuais abaixo da taxa média global de 2019, “apesar da drástica
redução na capacidade realizada, nomeadamente através da gestão dinâmica
e sistemática do ajuste da operação”.Ramiro
Sequeira lembrou ainda as últimas projeções da Associação Internacional
de Transportes Aéreos (IATA, na sigla inglesa), que apontam para uma
recuperação “lenta e muito determinada pelo nível de confiança”,
prevendo-se chegar ao número de passageiros transportados em 2019 entre
2023 e 2024, no cenário base, e, num cenário mais pessimista, a retoma
de cerca de 78% do volume de passageiros de 2019 apenas em 2025.“No
curto prazo – a três meses, reportando a fevereiro de 2021 – a projeção
da IATA, no que respeita à procura global, prevê uma recuperação de 34%
do tráfego global, 58% do tráfego doméstico e 25% do tráfego
internacional”, lê-se na missiva.A TAP deu
também conta de que decorreu, ente 16 e 20 de novembro, a auditoria
IOSA, um sistema de certificação global reconhecido a nível mundial,
destinado a avaliar a gestão operacional e os sistemas de controlo das
companhias aéreas, com foco na segurança operacional.“Estas
atividades sublinham a tónica nas nossas prioridades: O bem estar
físico e psicológico das nossas pessoas, sendo que devemos permanecer
próximos e atentos entre nós, colegas, operar o nosso dia-a-dia com foco
em ‘safety’ e na eficiência operacional, retomar progressivamente a
nossa atividade com segurança e sustentabilidade, elaborar o plano de
restruturação e recuperação que a TAP necessita e reduzir custos não
essenciais”, concluiu Ramiro Sequeira.