Autor: Lusa/AO Online
O responsável considerou que não existem atrasos após o adiamento do evento para o próximo ano, devido à pandemia da Covid-19, mas que muitos detalhes ainda são incertos e difíceis de avaliar.
“Outubro será o ponto em que começaremos a ter discussões detalhadas”, avançou Muto, em concordância com John Coates, membro do Comité Olímpico Internacional (COI), em relação às questões que se vão colocar na logística com a pandemia.
O presidente do COI, Thomas Bach, chegou a admitir uma quarentena para atletas, e Coates reforçou os problemas com o cenário dos participantes, cerca de 11.000, provenientes de 206 países, para um mesmo local.
A estes números acrescem 5.000 técnicos e oficiais, 20.000 membros da imprensa e 60.000 voluntários, sem contar com os 4.400 nos Jogos Paralímpicos, entre atletas e ‘staff’.
As incertezas ainda são muitas, mas Toshiro Muto não só entende que é cedo para traçar cenários, descartando atrasos na logística, como explica que os Jogos continuam em marcha e que existe um entendimento de que não podem ser novamente adiados.
“É um empreendimento enorme. Um trabalho gigantesco”, acrescentou o responsável, assinalando que é necessário reformular em pouco tempo, um ano e poucos meses, um trabalho que levou anos a construir.
Para Muto, não há muito a dizer agora, pelo menos até se chegar à fase 2, no outono, e entre as questões por responder está também o custo do adiamento, estimado entre dois a seis mil milhões de dólares (entre 1,8 e 5,4 mil milhões de euros).
A estratégia de segurança sanitária será outro aspeto a avaliar, bem como a necessidade de assegurar os mesmos 43 locais olímpicos, para as datas de 2021, dos Jogos Olímpicos e dos Paralímpicos.
“De
momento, não temos detalhes ou itens específicos dos quais possamos
falar. Todos concordamos que, além das medidas contra o calor, teremos
que ter medidas contra o coronavírus”, adiantou o responsável em relação
à reprogramação do evento.