Comissária europeia pede esforços “urgentes” para subir taxas de vacinação
Covid-19
25 de nov. de 2021, 16:19
— Lusa/AO Online
“Já
vacinámos mais de 65% da população total da UE, mas isto não é
suficiente. Há ainda demasiadas pessoas que não estão protegidas e, para
que todos possam viajar e viver com a maior segurança possível,
precisamos de atingir taxas de vacinação significativamente mais
elevadas urgentemente”, apela Stella Kyriakides numa declaração enviada à
imprensa europeia em Bruxelas, incluindo a Lusa.Reagindo
às recomendações atualizadas para livre circulação na UE hoje
divulgadas pelo executivo comunitário, a comissária europeia da tutela
defende também um “fortalecimento da imunidade com vacinas de reforço”.A
Comissão Europeia atualizou hoje as suas recomendações sobre
“coordenação para facilitar a livre circulação segura durante a
pandemia”, sugerindo desde logo uma “abordagem baseada na pessoa”, para
que quem tenha “um Certificado Covid-19 Digital da UE válido não seja,
por princípio, sujeito a restrições adicionais, tais como testes ou
quarentena, independentemente do seu local de partida” na União.Por
seu lado, “as pessoas sem um Certificado Covid-19 Digital da UE podem
ser obrigadas a submeter-se a um teste realizado antes ou depois da
chegada”, propõe a instituição aos Estados-membros, aos quais cabe a
decisão final sobre viagens.Esta
abordagem estará baseada no certificado digital da UE, comprovativo da
testagem (negativa), vacinação ou recuperação do vírus SARS-CoV-2, que
entrou em vigor na UE no início de julho.“O
Certificado Covid-19 Digital da UE e a nossa abordagem coordenada das
medidas de viagem contribuíram grandemente para a livre circulação
segura, tendo a proteção da saúde pública como prioridade”, salienta
Stella Kyriakides.Numa
altura em que a situação epidemiológica da covid-19 na UE é considerada
pelos especialistas como de risco muito elevado devido à baixa taxa
geral de vacinação e à rápida propagação da variante Delta do
SARS-CoV-2, Bruxelas propõe também um período padrão de aceitação dos
certificados de vacinação de nove meses desde a série de vacinação
primária.Stella
Kyriakides aponta que este período padrão de nove meses tem “em conta
as orientações do Centro Europeu de Prevenção e Controlo das Doenças e
visa permitir que os Estados-membros ajustem as suas campanhas de
vacinação e que os cidadãos tenham acesso às doses de reforço”.“Ao
mesmo tempo, temos de continuar a encorajar fortemente todos a
continuarem a respeitar as medidas de saúde pública e as máscaras têm de
se manter”, conclui a responsável europeia pela tutela da Saúde.O
certificado digital da UE, que é gratuito, funciona de forma semelhante
a um cartão de embarque para viagens, com um código QR para ser
facilmente lido por dispositivos eletrónicos, na língua nacional do
cidadão e em inglês.Foi
inicialmente criado para facilitar a livre circulação no espaço
comunitário, mas países como Portugal e outros alargaram o seu uso para
verificação em espaços sociais como eventos e estabelecimentos.Dados
do ECDC revelam que, até ao momento, 65,8% da população da UE está
totalmente vacinada, enquanto 70,1% tomou apenas a primeira dose.Por países, existem grandes discrepâncias nas taxas, entre os 24,7% de vacinação total na Bulgária e 81,5% em Portugal.