Comissão Europeia destaca "momento-chave" para a paz
Médio Oriente
7 de out. de 2025, 16:12
— Lusa/AO Online
Saudando o plano proposto pelos Estados
Unidos, um dos mediadores internacionais no conflito, a par do Egito e
do Qatar, a comissária europeia para o Mediterrâneo, Dubravka Suica,
salientou ter-se chegado “a um momento-chave de decisão sobre se esta
guerra terrível chegará finalmente ao fim”.“Faz dois anos que acordámos com a notícia do ataque” do grupo
extremista palestiniano Hamas a Israel, que causou cerca de 1.200 mortos
e no qual 251 pessoas foram tomadas como reféns, lembrou Dubravka
Suica, intervindo no debate, na sessão plenária do Parlamento Europeu, a
decorrer em Estrasburgo (França).A
comissária lamentou ainda a morte de mais de 67 mil palestinianos desde a
intervenção militar de Israel na Faixa de Gaza, referindo que a
situação é “insuportável”.“Nestes dois anos, a dor e o sofrimento tornaram-se a realidade de israelitas e palestinianos”, lembrou.Em
relação ao plano proposto pelo Presidente norte-americano, Donald
Trump, a União Europeia (UE) referiu sustentar os seus pontos-chave,
nomeadamente o fim das hostilidades por Telavive e a retirada do Hamas,
defendendo ainda o reforço da Autoridade Palestiniana.Numa
intervenção no debate, a ministra dos Assuntos Europeus dinamarquesa,
Marie Bjerre, apelou, em nome do Conselho da UE, à solução dos dois
Estados (Palestina e Israel), também defendida pelo executivo
comunitário.O plano de pacificação da
Faixa de Gaza proposto por Trump contempla ainda a troca dos 48 reféns
ainda mantidos em cativeiro pelo Hamas, seguindo-se um cessar-fogo no
enclave palestiniano.Trump propôs também
supervisionar, juntamente com o antigo primeiro-ministro britânico Tony
Blair, a futura formação e ação de um governo de transição em Gaza, com
vista à coexistência de dois Estados na zona.A guerra em curso em Gaza foi desencadeada pelos ataques a Israel liderados pelo Hamas em 07 de outubro de 2023.A
par das vítimas mortais, a retaliação de Israel também destruiu quase
todas as infraestruturas de Gaza e provocou a deslocação forçada de
centenas de milhares de pessoas.Israel
também impôs um bloqueio à entrega de ajuda humanitária no enclave, onde
mais de 400 pessoas já morreram de desnutrição e fome, a maioria
crianças.