Comissão de inquérito ao transporte marítimo nos Açores formulou mais de 60 questões
A comissão de inquérito aos transportes marítimos nos Açores formulou hoje mais de 60 questões que pretende ver esclarecidas no âmbito da investigação que vai realizar.

Autor: Lusa/AO Online

A comissão, criada por proposta do PSD, reuniu no parlamento regional, na cidade da Horta, para elaborar e aprovar o "questionário indicativo" que vai usar durante as audições e o seu regimento interno, que define a metodologia de trabalho durante os próximos 60 dias, o prazo ara a apresentação do relatório final.

O deputado social-democrata João Bruto da Costa, presidente da comissão, admite, no entanto, que durante os trabalhos ainda possam vir a surgir mais questões.

"Obviamente que podem surgir pormenores que necessitem de maior clarificação e que não sejam estanques no âmbito da comissão", explicou João Bruto da Costa.

Para já, os deputados querem saber como foi feita a escolha das tipologias dos dois barcos adquiridos para o Triângulo (ilhas do Faial, Pico e São Jorge), para o transporte de passageiros e viaturas, e também qual o fundamento para a construção de rampas 'roll-on, roll-off' em vários portos do arquipélago.

Os deputados acertaram ainda diversas perguntas relacionadas com o acidente ocorrido em novembro do ano passado no porto de São Roque do Pico, que provocou a morte a um passageiro da empresa pública açoriana de transporte marítimo Transmaçor, atingido por um cabeço de amarração que rebentou.

O deputado do PCP, Aníbal Pires, levantou a possibilidade de os trabalhos poderem vir a ser suspensos se colidirem com o inquérito judicial em curso a este acidente. No entanto, o presidente da comissão de inquérito descartou, para já, essa hipótese.

Os deputados querem também saber as razões que levaram o Governo Regional dos Açores a decidir adquirir dois novos navios para o transporte de passageiros e viaturas entre todas as ilhas do arquipélago, nomeadamente, que estudos foram efetuados para fundamentar essa opção, quais os custos de exploração previstos e que condições de operacionalidade oferecem os navios que vão ser encomendados.