Autor: Lusa/AO Online
Dos abates
resultaram, no total, 11 mil toneladas de carne, absorvidas em 55% pela
exportação, enquanto o restante foi canalizado para o mercado interno. Segundo
a Secretaria Regional da Agricultura e Florestas, entre janeiro e
agosto registou-se um crescimento de 3,2% no consumo local e de 18% na
exportação de carne de bovino. Também
nos abates de bovinos com Identificação Geográfica Protegida (IGP),
cuja carne é mais valorizada no mercado, assistiu-se a um crescimento,
neste caso de cerca de 30%. De
acordo com a nota de imprensa, estes indicadores “traduzem a dinâmica
de crescimento e de afirmação sustentável da fileira da carne no
contexto do setor agrícola dos Açores”. Para
a Secretaria Regional da Agricultura e Florestas a “situação favorável
que se verifica no mercado da carne de bovino é resultado da aposta
estratégica do Governo dos Açores nesta fileira”, que passou por
investimentos realizados na rede regional de abate e pelo “grande
trabalho que os agricultores têm feito ao nível da melhoria constante
das suas produções”. A
carne dos Açores provém das carcaças de bovinos nascidos, criados e
abatidos na região, segundo os moldes tradicionais, estando as suas
caraterísticas “intimamente ligadas, por um lado, às condições
edafoclimáticas (solo e clima) dos Açores, propícias à criação de gado
em pastagens naturais” e, por outro, aos “métodos ancestrais de
alimentação e condução do gado seguido pelas populações da região”. A
alimentação das crias é efetuada de modo tradicional, com leite
materno, pelo menos até cerca dos três meses, e a partir desta idade é
fornecida uma alimentação tradicional, constituída por erva das
pastagens naturais ou melhoradas. Até
serem abatidos, os animais são alimentados com pastagens, sendo muitas
vezes complementada a sua alimentação com silagens e fenos obtidos nas
próprias pastagens e com concentrados energéticos e proteicos.