Comarca dos Açores mantém linha de decréscimo dos processos pendentes
13 de fev. de 2020, 14:01
— Lusa/AO Online
A informação consta do relatório anual de
gestão de 2019 do Tribunal Judicial da Comarca dos Açores (TJCA),
enviado às redações, que indica ainda que, no ano passado, "entraram no
sistema 13.396 processos novos" e concluídos um total de "15.042".O
documento constata que a pendência geral de processos judiciais “vem
baixando consistentemente desde 2014, cifrando-se hoje em cerca de menos
70% ou de menos 60%" de processos na estatística de secretaria.“A
nota que se evidencia é a de um desempenho geral substancialmente
positivo do TJCA e dos seus serviços”, sublinha o relatório assinado
pelo juiz presidente do Tribunal Judicial da comarca dos Açores, Pedro
Soares de Albergaria.De acordo com o
relatório, "em 2019, essa linha de decréscimo geral das pendências
manteve-se, desta feita na ordem dos menos 15% na estatística oficial e
de menos 16%" de processos na estatística de secretaria.O
documento sublinha "um movimento continuo de recuperação de pendências
antigas", acrescentando que "a evolução do número de processos entrados
no TJCA sofreu alterações em todas as jurisdições entre 2015 e 2019",
com "uma tendência maioritária de redução nas áreas jurisdicionais
cível, penal e tutelar e minoritária de incremento nas áreas
jurisdicionais de instrução".No ano passado foi instalado em São Miguel o Tribunal Execução de Penas dos Açores que entrou em funcionamento em maio.O
relatório aponta, no entanto, "faltas desde há anos diagnosticadas e
recorrentemente reportadas ao Instituto de Gestão Financeira e
Equipamentos da Justiça (IGFEJ)".No documento é sublinhada a necessidade, por exemplo, de "duas novas salas de audiências em Angra do Heroísmo", na Terceira."São
imprescindíveis equipamentos de videoconferência em espaços próprios em
Ponta Delgada, Santa Cruz das Flores, São Roque do Pico, Velas (São
Jorge) e Angra do Heroísmo", a par de novos equipamentos de ar
condicionado no Palácio da Justiça de Ponta Delgada, onde "os
magistrados, funcionários e advogados sofrem com o calor insuportável
que ali se faz sentir sobretudo durante os meses de verão".A
inexistência de rampas de acesso para pessoas com dificuldades de
locomoção, ou até elevadores para andares superiores, e a instalação de
um sistema de videoconferência na ilha do Corvo, a mais pequena dos
Açores, onde não está instalado nenhum juízo.O
défice de funcionários é outra das preocupações apontadas e que se faz
sentir "sobretudo" em Angra do Heroísmo (Terceira) e na Horta (Faial)."Os
resultados operacionais de 2019 evidenciam, sem margem para dúvida, não
apenas uma significativa melhoria geral dos serviços de justiça (do
Tribunal) prestados à comunidade, como do mesmo passo se afiguram
confirmatórios de uma trajetória com um só sentido, iniciada em setembro
de 2014, de redução consistente da pendência geral, de diminuição
acentuada dos processos de longa duração e de pronunciada redução do
tempo médio de duração dos processos judiciais", sublinha o juiz
presidente, Pedro Soares de Albergaria,