Comarca da Madeira registava cerca de 18 mil processos pendentes no final de 2019
23 de jan. de 2020, 12:35
— Lusa/AO Online
"Está
já atingido o objetivo da gestão da comarca [presidida pelo juiz Paulo
Barreto], que era o de chegar ao fim deste segundo e último mandato, que
terminará a meados do primeiro semestre de 2020, com cerca de
17.000/18.000 processos pendentes, pouco acima do número de processos
que entram anualmente", esclareceu. Os
dados constam do Relatório Anual (2019) do Tribunal Judicial da Comarca
da Madeira, divulgado esta semana, no qual o Conselho Superior da
Magistratura refere que "não há falta de juízes", sendo, no entanto,
necessários cerca de 10 oficiais de justiça (escrivães adjuntos). "Quanto
aos oficiais de justiça da comarca, perturba saber que 45,09% tem mais
de 50 anos de idade", advertiu o Conselho, sublinhando a necessidade de
"renovar" o quadro nas categorias de topo.Em
2019, o orçamento da Comarca da Madeira foi de 364.827 euros e
exerceram funções 28 juízes, 25 magistrados do Ministério Público e 140
oficiais de justiça."O fator humano é
elemento essencial na atividade judicial", sublinhou o Conselho Superior
da Magistratura, realçando: "É importante a estabilidade dos juízes,
daí que se veja com satisfação o aumento, ocorrido em 2019, dos quadros
dos juízos de execução e do comércio, juízos que correspondem a 70% do
volume processual da comarca."No decurso
de 2020, a Comarca da Madeira pretende concluir "importantes
melhoramentos", sendo de destacar a instalação em todos os edifícios de
sistemas de anti-intrusão e acessos para pessoas com dificuldades de
locomoção. "Esta gestão da Comarca termina
o seu mandato em meados deste novo ano, ficando apenas por assegurar,
em matéria de equipamentos, a saída da PSP e da Junta de Freguesia do
palácio da justiça de Santa Cruz (zona leste da Madeira), factos que,
por envolver entidades alheias à Justiça, escapa à ação da Comarca",
explicou o Conselho Superior da Magistratura.