Coligação e PS acordam distribuição de cargos no parlamento
22 de fev. de 2024, 11:52
— Lusa/AO Online
Na
sequência desse entendimento, os socialistas, que perderam as eleições
antecipadas de 04 de fevereiro, elegendo 23 dos 57 deputados ao
parlamento açoriano, comprometem-se a viabilizar o nome proposto para
presidente da Assembleia Legislativa pela coligação, que volta a apostar
em Luís Garcia. O social-democrata assumiu a função na legislatura anterior.O
acordo entre as duas maiores forças políticas com assento parlamentar
nos Açores permite também distribuir as duas vice-presidências e os dois
cargos de secretários da Mesa pela coligação e pelo PS, como vinha
acontecendo até agora, de acordo com o método de Hondt, ou seja,
seguindo a proporcionalidade dos mandatos no parlamento.Este
entendimento entre a direita e a esquerda já suscitou críticas do líder
regional do Chega, José Pacheco, que tinha assumido pretender uma
vice-presidência para o seu partido, tendo em conta o resultado
eleitoral alcançado - mais de 10 mil votos, com a eleição de cinco
deputados.“Quando é preciso, eles unem-se e
pelo pior, nunca pelo melhor”, considerou José Pacheco, em declarações
aos jornalistas, surpreendido com o entendimento estabelecido para a
distribuição dos cargos da Mesa da Assembleia, acusando a Coligação
PSD/CDS e PPM e o Partido Socialista de estarem “mais preocupados com os
tachos”.O dirigente repetiu que “é
legítimo” que o seu partido tenha direito a uma vice-presidência do
parlamento açoriano e garantiu que, mesmo assim, irá apresentar uma
candidatura, na tarde de hoje, quando se realizarem as eleições para a
Mesa da Assembleia.A Assembleia
Legislativa dos Açores reúne-se hoje à tarde, pela primeira vez, após as
eleições regionais antecipadas, para que os 57 deputados tomem posse.A
cerimónia de instalação da Assembleia está marcada para as 15h00, altura em que os deputados vão fazer o seu juramento
na sala de plenário, seguindo-se a eleição do presidente e da restante
Mesa do parlamento açoriano.A Coligação PSD/CDS/PPM obteve no sufrágio 48.672 votos (43,56%), e conseguiu 26 deputados, menos três de uma maioria absoluta.Além do PS e do Chega, o Bloco de Esquerda, a Iniciativa Liberal e o PAN conseguiram eleger – nestes casos, um deputado cada.As
legislativas do arquipélago ocorreram após o chumbo, em novembro, das
propostas de Plano e Orçamento da Região para este ano, devido à
abstenção do Chega e do PAN e dos votos contra de PS, IL e BE, situação
que levou o Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, a
dissolver o parlamento e a convocar eleições antecipadas.