Cofaco recusa propostas apresentadas pelos trabalhadores do Pico
29 de jan. de 2018, 19:42
— Lusa/AO Online
O sindicalista
Vítor Silva, em declarações à agência Lusa, na sequência de um encontro
realizado hoje, na ilha do Pico, com três representantes da indústria
conserveira, referiu que, numa primeira fase, foi proposta que fosse
aplicada a medida de ‘lay-off” (suspensão dos contratos ou redução do
período normal de trabalho) aos cerca de 180 trabalhadores, mas esta foi
recusada.O
presidente do Sindicato dos Trabalhadores de Alimentação, Bebidas e
Similares, Comércio, Escritórios e Serviços dos Açores (SABCES/Açores)
adiantou que, em alternativa, foi avançada a realização de um
contrato-promessa que salvaguardasse a admissão dos trabalhadores, que
também não foi acolhida.Para
Vítor Silva, esta atitude revela que existem “fortes suspeitas” de que a
Cofaco não pretende, contrariamente ao avançado, construir uma nova
unidade fabril no Pico. A
conserveira, dona de marcas como a Bom Petisco, anunciou no início de
janeiro o despedimento da totalidade dos trabalhadores na fábrica do
Pico, prometendo a readmissão no futuro da maioria dos quadros.Foi
através do Sindicato de Alimentação, Bebidas e Similares, Comércio,
Escritórios e Serviços dos Açores que se soube, em 09 de janeiro, que a
administração da conserveira se havia reunido com os trabalhadores da
empresa no Pico para os informar de que todos seriam despedidos – com
direito a indemnização e fundo de desemprego –, deixando a Cofaco de
laborar naquela ilha até à construção de uma nova fábrica.Logo
em 09 de janeiro ficou junto dos trabalhadores uma “promessa verbal” de
que quando a nova fábrica estiver concluída, o que poderá acontecer
“entre 18 meses e dois anos”, a maioria dos quadros seria readmitida.A Lusa tentou contactar a administração da Cofaco, mas sem sucesso.