CNE diz que votar será seguro e que pandemia não pode justificar abstenção
Eleições Açores
17 de ago. de 2020, 12:56
— Lusa/AO Online
"Há sempre um pretexto. Ou estava chuva, ou
estava um excelente dia de sol e as pessoas foram para a praia. (...)
Não podemos desculpar-nos com o risco da pandemia e isso justificar um
aumento da abstenção", declarou hoje o porta-voz da CNE, João Tiago
Machado, que falava aos jornalistas em Ponta Delgada, nos Açores, após
uma delegação da CNE ter sido recebida pelo presidente do executivo
regional, Vasco Cordeiro.João Tiago
Machado garantiu trabalho com as diversas autoridades até às eleições
nos Açores, que deverão acontecer no final de outubro, para que o
sufrágio decorra com normalidade e em segurança."Votar
é seguro. Vão ser tomadas todas as medidas que garantam não só a
segurança dos eleitores como das pessoas que estarão a trabalhar nas
mesas e envolvidas no processo eleitoral", assegurou.O ato eleitoral decorrerá com luvas, máscaras, viseiras e álcool nas mesas de voto e o mínimo de canetas partilhadas.Uma delegação da CNE encontra-se esta semana nos Açores para várias reuniões a propósito das eleições deste ano no arquipélago.Até
ao momento, foram detetados na região 194 casos de infeção pelo novo
coronavírus SARS-CoV-2, que causa a doença covid-19, verificando-se
atualmente 23 casos positivos ativos, dos quais 22 na ilha de São Miguel
e um na ilha Terceira. Foram registados 16 mortos nos Açores.A
pandemia de covid-19 já provocou pelo menos 770.429 mortos e infetou
mais de 21,7 milhões de pessoas em 196 países e territórios, segundo um
balanço feito pela agência francesa AFP.Em
Portugal, morreram 1.778 pessoas das 54.102 confirmadas como infetadas,
de acordo com o boletim mais recente da Direção-Geral da Saúde.