CNE arquivou queixa do PPM contra Governo dos Açores
31 de jul. de 2019, 15:53
— Lusa/AO online
De acordo com o texto da
CNE, ao qual a agência Lusa teve acesso, o presidente do Governo dos
Açores, Vasco Cordeiro, alegou que a visita contestada pelo PPM - que se
referia a uma passagem pela ilha do Corvo - inseriu-se "no âmbito da
obrigação de promover uma visita às ilhas" do arquipélago, como consta
no Estatuto Político-Administrativo da Região Autónoma dos Açores.O
PPM, que tem Paulo Estêvão como deputado único no parlamento dos
Açores, tinha defendido que o executivo violava "ostensivamente as
normas referentes à proibição de publicidade institucional e os deveres
de neutralidade e imparcialidade a que as entidades públicas se
encontram sujeitas em períodos eleitorais".A
CNE, por seu turno, deliberou: "A ação em causa não é suscetível de,
objetivamente, favorecer ou prejudicar as candidaturas à eleição do
Parlamento Europeu nem de influenciar o sentido de voto do eleitorado.
Face ao que antecede, delibera-se o arquivamento do processo".O
monárquico Paulo Estêvão tinha definido a visita à ilha do Corvo como
uma "sucessão de comícios do Governo Regional, utilizando meios
públicos, que visa apoiar o esforço eleitoral do partido governamental
que governa, de forma ininterrupta, a Região Autónoma dos Açores desde
1996".As eleições para o Parlamento Europeu realizaram-se em 26 de maio.