Clube K “renovado” quer manter-se competitivo na Liga
10 de out. de 2025, 16:15
— Lusa/AO Online
O Clube Kairós (K) está prestes a iniciar a sua 15.ª participação - a nona consecutiva - na Liga feminina de voleibol.Depois
de um ano extremamente positivo, onde as açorianas alcançaram o quinto
lugar no campeonato e chegaram à “Final Four” da Taça de Portugal
(derrota frente aoVitória de Guimarães), João Carronha, treinador do
Clube K, alertou para a necessidade de não se “transferir” as
expectativas para a época que se inicia já no próximo sábado.“Entendendo
que possa haver alguma expectativa agora, porque a época passada foi
muito positiva, e até tendo em conta a qualidade do campeonato e toda a
turbulência que enfrentámos, não podemos, de forma alguma, transferir
isso para esta nova temporada”, começou por dizer o técnico de 36 anos
ao Açoriano Oriental, acrescentando que “a época passada foi uma coisa e
esta [época] será outra. Terá novos desafios e este grupo não pode
carregar esse peso e essa expectativa, porque é um grupo em plena
formação ainda”.Nesse sentido, Carronha, que avança para o sétimo
ano à frente dos destinos do “K” considera a manutenção na Liga como o
principal objetivo da temporada, que espera ver complementado com mais
uma época positiva.“O principal objetivo do Clube K é a manutenção
na Liga. Esse é o nosso grande objetivo e, depois, tendo esse objetivo
em mente, quanto mais positiva for a época, melhor”, frisou.Para
encarar os “desafios” da nova época desportiva, o “K” apresenta um
“renovado” plantel, contando, para já, com as chegadas das
distribuidoras Cali Thompson e Camila Costa (ex-OK Gimnazijalac), as
centrais Gabrielle Ehl (ex-Vólei Louveira), Geraldyn Pallacios (ex-CV
Torrelavega), Alejandra Arguello (ex-CD San Martín) e Milena Cetkovic,
da oposto Jelena Novakovic (ex-OK Buducnost) e da ponta Tainá Campos
Rosa (ex-Realizar Santos), sendo que, da época passada, apenas
transitaram a argentina Maria Sol Onofri (líbero) e a israelita
ShirelGanah (zona 4).Apontando à “insularidade” e à “dificuldade na
retenção do talento”, em termos salariais, o treinador do Clube K
reforçou que, apesar do clube começar novamente “do zero”, irá trabalhar
de “forma corajosa”.“O ideal para qualquer clube é ter
continuidade. Ter um núcleo forte, conseguir manter a sua base e ir
acrescentando atletas conforme as necessidades”, explicou, adiantando
que o Clube K está num “processo de reformulação, de começar ‘do zero’.
Isto não é uma crítica ao clube. Eu percebo o contexto e compreendo as
dificuldades para se manter uma base e, por isso, vamos trabalhar de
forma corajosa”, sublinhou.Com um “teste de fogo” a abrir a Liga -
receção ao FCPorto -, o treinador açoriano destacou as “dificuldades”
que espera encontrar num campeonato cada vez mais competitivo.“O
nível do campeonato, em geral, parece-me que está a subir. O campeonato
feminino está a ganhar uma preponderância enorme emPortugal. Portanto,
sim, não esperamos nada que seja mais simples. Pelo contrário, esperamos
tantas ou mais dificuldades e desafios”, perspetivou Carronha.A estreia do Clube K na nova época desportiva está agendada para este sábado (11 de outubro).A
partir das 16h00, o “K” recebe, no pavilhão do Complexo Desportivo das
Laranjeiras, o FC Porto, em duelo que irá “inaugurar” a edição 2025/2026
da Liga feminina.