UNESCO declara “Bonecos de Estremoz” como Património Cultural Imaterial
7 de dez. de 2017, 09:22
— Lusa/AO Online
A classificação da
"Produção de Figurado em Barro de Estremoz", vulgarmente conhecida como
"Bonecos de Estremoz", foi decidida na 12.ª Reunião do Comité
Intergovernamental da Organização das Nações Unidas para a Educação,
Ciência e Cultura (UNESCO) para Salvaguarda do Património Cultural
Imaterial, que decorre na Ilha Jeju, na Coreia do Sul, até sábado.A
decisão, que ocorreu pelas 01:05 (hora de Lisboa), foi bastante
celebrada pela comitiva portuguesa que durante os festejos exibiu
exemplares de "Bonecos de Estremoz".Na
área de Património Cultural e Imaterial da Humanidade estavam a
concorrer inicialmente 49 candidaturas, das quais 35 foram aprovadas,
tendo no final recolhido parecer negativo 11.Os
"Bonecos de Estremoz" pertencem a uma arte de caráter popular, com mais
de 300 anos de história, tendo sido o primeiro figurado do mundo a
merecer a distinção de Património Cultural Imaterial da Humanidade, na
sequência da candidatura apresentada pela Câmara Municipal de Estremoz,
no distrito de Évora.A candidatura teve como responsável técnico o diretor do Museu Municipal de Estremoz, Hugo Guerreiro.Com
mais de uma centena de figuras diferentes inventariadas, a arte, a que
se dedicam vários artesãos do concelho, consiste na modelação de uma
figura em barro cozido, policromado e efetuada manualmente, segundo uma
técnica com origem pelo menos no século XVII.Em
Estremoz, trabalham atualmente nesta arte emblemática Afonso e Matilde
Ginja, Célia Freitas, Duarte Catela, Fátima Estróia, Irmãs Flores,
Isabel Pires, Jorge da Conceição, Miguel Gomes e Ricardo Fonseca.