CIVISA registou um total de 26.627 abalos em São Jorge, 226 sentidos
Açores/Sismos
4 de abr. de 2022, 16:23
— Lusa/AO Online
A informação foi
avançada, esta segunda-feira, pela coordenadora das operações do CIVISA na ilha de São
Jorge, Fátima Viveiros, no ‘briefing’ diário para atualização da crise
sismovulcância que se regista há mais de duas semanas naquela ilha
açoriana."Entre as 00h00 e as 10h00 de
hoje registaram-se 94 sismos, e apenas um deles sentido", assinalou a
investigadora, acrescentando que no domingo houve "um total de 389
sismos registados pela rede".Questionada
sobre se haverá algum patamar em que se possa afirmar que a situação
está estável e vai voltar ao normal, Fátima Viveiros recusou a
existência de "um número que diga «é este o dia»"."Não
posso dizer que há um número. Temos de ir acompanhando diariamente e
viver com esta incerteza que é o momento que temos", sublinhou, aos
jornalistas, nas Velas, ilha de São Jorge.A
coordenadora das operações do CIVISA em São Jorge lembrou que está em
causa "um sistema que durante décadas esteve estável", mas que "desde o
dia 19 de março demonstra uma instabilidade em termos de deformação
crustal e em termos dos sismo registados".Quanto
aos parâmetros de deformação e no que se refere ao período
entre 21 de março e 02 de abril, as imagens "não demonstram deformação
significativa, contrariamente à anterior", de acordo com Fátima
Viveiros."A deformação que tinha sido
verifica na imagem anterior era na parte central de São Jorge. A nova
imagem não demonstra alteração significativa dessa deformação",
explicou.Perante "os dados que aparentam
esta acalmia", Fátima Viveiros reforçou que esta é uma situação que "tem
de ser monitorizada" e "acompanhada"."Podemos
ter uns períodos de acalmia e isto não implica que é um desfecho para
os eventos", sustentou, referindo, por exemplo, que aquando da pandemia
de convid-19 ocorreram também dias "com zero casos e não foi por isso
que a pandemia terminou".Apelando à
população para que siga os conselhos da Proteção Civil, a investigadora
disse ainda que "diariamente o gabinete de crise do CIVISA reúne,
analisa todos os dados das várias técnicas", quer "os que chegam em
tempo real" como "os dados recolhidos no campo"."Não
há propriamente um número que nos diga é este o dia, porque isto tem a
ver com os valores de cada técnica, com as localizações de tudo aquilo
que se obtém e com as incertezas que temos que jogar em cima da mesa
para os cenários", esclareceu.