Cinco vezes mais contágios a nível global devido a variante Omicron e mortes a aumentar
Covid-19
20 de jan. de 2022, 18:06
— Lusa/AO Online
A contagem, da agência
francesa France-Presse com base nos relatórios diários divulgados pelas
autoridades sanitárias de cada país, mostra uma média de 3.095.971 casos
diários registados em todo o mundo nos últimos sete dias, um aumento de
17% em relação à semana anterior.A
propagação da variante Omicron provocou uma forte aceleração da pandemia
nas últimas semanas: os números atuais são cerca de 440% superiores aos
569.000 casos diários registados, em média, entre 18 e 24 de novembro
de 2021, quando esta variante do coronavirus foi detetada na África do
Sul e no Botsuana.Os números atuais são significativamente mais elevados do que os atingidos em vagas anteriores.Antes
do aparecimento da Omicron, o recorde era de 816.840 casos diários
registados em média entre 23 de abril e 29 de abril de 2021.As
regiões que registam atualmente os maiores aumentos de infeções são a
Ásia (385.572 casos diários nos últimos sete dias, em média, mais 68% em
relação à semana anterior), o Médio Oriente (89.900 casos diários, mais
57%) e a América Latina e Caraíbas (397.098 casos diários, mais 40%).O
número de mortes em todo o mundo também está a aumentar, havendo
registo de 7.522 mortes diárias, em média, nos últimos sete dias, mais
11% em relação à semana anterior.Este
número é pela primeira vez superior ao registado no final de novembro,
aquando da descoberta do Omicron, tendo as autoridades dado conta de
7.343 mortes diárias entre 18 e 24 de novembro.As
formas severas parecem mais raras com a Omicron do que com a Delta, a
variante anteriormente dominante. No Reino Unido, por exemplo, as novas
infeções aumentaram em média mais de 330% entre o final de novembro e o
início de janeiro, mas o número de doentes com ventilação mecânica não
aumentou.Estes números baseiam-se nos
relatórios diários fornecidos pelas autoridades sanitárias de cada país.
Uma parte significativa dos casos menos graves ou assintomáticos não é
detetada, apesar da intensificação dos testes em muitos países desde o
início da pandemia, após a descoberta do vírus no final de 2019. Além
disso, as políticas de testes diferem de país para país.