Cinco anos depois Bruno de Carvalho ainda persegue o título de campeão
21 de mar. de 2018, 10:24
— Lusa/AO online
A
poucos dias de completar o primeiro ano do novo mandato, Bruno de
Carvalho já acrescentou três troféus ao museu do clube - Taça de
Portugal, Supertaça, ambas em 2015, e Taça da Liga, conquistada esta
epoca -, mas ainda persegue o ambicionado cetro de campeão nacional de
futebol.Em 23
de março de 2013, Bruno de Carvalho tornou-se o 42.º presidente
‘leonino’, sucedendo ao demissionário Luiz Godinho Lopes, que o tinha
derrotado dois anos antes, batendo os outros dois candidatos - José
Couceiro e Carlos Severino –, ao recolher mais de 50% dos votos.Uma
das primeiras e mais bem sucedidas medidas do novo líder sportinguista
foi a renegociação da pesada dívida aos bancos, considerada muito
favorável ao clube, mas que impôs um ‘espartilho’ financeiro bem visível
na política de contratações austera durante a fase inicial da
presidência.Em
2013/14, o treinador Leonardo Jardim foi a escolha pessoal para
substituir Jesualdo Ferreira, ‘herança’ rejeitada de Godinho Lopes, e os
resultados foram imediatos: o Sporting foi segundo posicionado na I
Liga, a sete pontos do Benfica, um ano depois de ter terminado em
sétimo, a pior classificação de sempre.O
trabalho de Leonardo Jardim despertou o interesse do Mónaco e, pela
primeira vez, o Sporting conseguiu transferir um treinador, apostando no
jovem Marco Silva, que acabou por se incompatibilizar com o presidente e
saiu de forma litigiosa, ainda que tenha resistido até ao fim da época.Da
ligação com Marco Silva resultou também o título mais importante
conquistado pelos ‘leões’ durante todo o mandato de Bruno de Carvalho, a
Taça de Portugal, em 2015 - 'compensando' o terceiro lugar no
campeonato -, mas o episódio mais marcante do seu ‘consulado’ surgiu no
defeso desse ano, com a contratação de Jorge Jesus ao Benfica.A
transferência do técnico que conquistou três títulos nacionais em seis
anos no clube da Luz abriu uma guerra com o rival lisboeta, que ainda
hoje se mantém acesa e que teve várias ‘frentes’, dos tribunais à
Internet, com epicentro nas redes sociais.Jorge
Jesus iniciou da melhor forma a carreira de ‘leão ao peito’, com a
vitória na Supertaça – mais saborosa por ter sido obtida frente ao
Benfica – e manteve até à última jornada do campeonato a perspetiva de
conquistar um título que escapa ao Sporting desde 2002, mas 86 pontos
não chegaram, face aos 88 do Benfica - registos recorde na liga
portuguesa.Esses
dois pontos impediram Bruno de Carvalho de triunfar onde os seus
antecessores falharam, mas o Sporting teve de contentar-se com o segundo
lugar, e o prometido sucesso na temporada seguinte transformou-se num
pesadelo desportivo, com o afastamento precoce em todas as provas.A
época de 2016/17 também não trouxe o êxito desejado, e Jesus viu o seu
sucessor no Benfica, Rui Vitória, conduzir os 'encarnados' pela primeira
vez a quatro títulos seguidos no campeonato, enquanto acumulou mais uma
temporada em 'branco' em matéria de conquistas relevantes, num ano em
que saíram jogadores importantes, como Slimani e João Mário. Pelo meio,
Bruno de Carvalho foi reeleito em 05 de março de 2017, com 86% dos
votos, contra menos de 10% do outro candidato, Pedro Madeira Rodrigues.É
já com a Taça da Liga de 2017/18 no museu 'leonino' que Bruno de
Carvalho atinge cinco anos de mandato na liderança do Sporting, na
temporada em que o Sporting fez o maior investimento de sempre na
contratação de jogadores - perto de 50 milhões de euros – e com a equipa
ainda a lutar em três frentes: campeonato, com os rivais de sempre,
Taça de Portugal e Liga Europa. Durante
a governação de Bruno de Carvalho o qual o Benfica foi o alvo
prioritário, mas não o único: o presidente do Sporting ‘disparou’ em
várias direções, instaurando processos a anteriores dirigentes e
lançando uma ‘cruzada’ contra o fundo de investimento Doyen, num caso
que terminou com a condenação do Sporting a pagar mais de 20 milhões de
euros.Pelo
meio, Bruno de Carvalho concluiu a construção do pavilhão João Rocha –
uma promessa eleitoral -, deu um novo fôlego às modalidades, patrocinou o
regresso do ciclismo e do voleibol, além de reintegrar o hóquei em
patins, e conseguiu um acordo para a cedência dos direitos de
transmissão televisiva dos jogos da equipa de futebol superior a 500
milhões de euros.