Cientistas pedem tratado internacional sobre lixo espacial
9 de mar. de 2023, 19:22
— Lusa
A posição é assumida por peritos em áreas como a tecnologia de satélites e a poluição dos oceanos por plásticos.Alguns
dos especialistas estiveram na génese do compromisso para um tratado
global contra a poluição de plásticos que foi assumido em março de 2022
por mais 170 países na Assembleia das Nações Unidas para o Meio
Ambiente.Segundo os peritos, qualquer
tratado vinculativo para a proteção da órbita terrestre contra a
poluição por lixo espacial deve incluir medidas que responsabilizem
fabricantes e utilizadores de satélites (e seus detritos) a partir do
momento em que são lançados para o espaço. Os custos comerciais devem
ser considerados na responsabilização.As
estimativas apontam para que até 2023 haja mais de 60 mil satélites na
órbita da Terra, onde circulam milhares de milhões de restos de antigos
satélites não rastreados. A universidade
britânica de Plymouth, que tem cientistas a subscreverem a ideia de um
tratado internacional para a defesa da órbita da Terra, adverte em
comunicado que "há receios de que o crescimento previsto na indústria"
espacial "possa inutilizar grande parte da órbita terrestre".A
investigadora Kimberley Miner, da agência espacial norte-americana
(NASA), que assina o artigo da Science, realça que a "minimização da
poluição da órbita baixa da Terra permitirá manter a exploração espacial
e o crescimento da tecnologia espacial" com impacto na vida humana.