Ciências da Computação pode entrar no ensino obrigatório em 2025
21 de nov. de 2024, 10:45
— Lusa/AO Online
Segundo
Luís Neves, desde 2020 que a associação desenvolve conteúdos, pilotos,
avaliadores de impacto, ações de formação, parcerias académicas e
empresariais para, num horizonte de cinco anos, até 2025, o seu programa
de ensino da computação integre o ensino obrigatório, abrindo aos
alunos das escolas públicas ou privadas, a possibilidade de aprender
Ciências da Computação.A ideia é que “a
computação seja ensinada nas escolas ao longo dos 12 anos de
escolaridade”, precisou o também fundador da associação, enfatizando que
desde 2020 estão “a trabalhar para testar esse programa nas escolas”.Sobre
a metodologia, disse, passa por introduzir “conteúdos, as matérias que
são dadas em cada aula e que vai progredindo de acordo com o programa
que estão a desenvolver para os vários anos de escolaridade”. “Nos
dois primeiros anos nem sequer usámos computador”, disse sobre o
projeto que abrange atualmente sete mil alunos de 24 escolas dos
concelhos de Arcos de Valdevez, Bragança, Gondomar, Vila do Conde,
Mirandela, Monção, São João da Pesqueira e Cascais, lê-se no comunicado
enviado à Lusa. “Estamos a fazer isto
envolvendo os professores das escolas, quer sejam do I Ciclo quer sejam
os que depois dão os II e III ciclos e secundário, a maioria deles de
matemática”, informou Luís Neves.Paralelamente
à implementação do programa no terreno, a associação, revelou o
responsável, tem debatido a sua aplicação com o Ministério da Educação.“As
reuniões com a tutela têm evoluído bem, temos informado todos os
governos, desde 2020, e já estamos em discussões com o atual Ministério
da Educação e estamos muito esperançados, achamos mesmo que vamos
atingir o objetivo de a partir de 2025 começar a trabalhar à escala
nacional”, acrescentou o presidente da associação sediada no Porto.E
prosseguiu: “já estamos a preparar o arranque à escala nacional no
próximo ano letivo, queremos que seja o maior possível, incluindo os
arquipélagos da Madeira e dos Açores”.Ressalvando
que o sucesso da implementação do programa “vai depender da autonomia
das escolas”, a associação aponta para, no “espaço de 10 anos, chegar a
todos os alunos até ao 9.º ano e, depois, aos dos secundário”.Segundo
Luís Neves, 2.500 dos sete mil alunos envolvidos no projeto recebem
apoio direto da NOS, uma parceria denominada Projeto Zer01, frisou, que
permitiu à ENSICO “chegar a zonas mais desfavorecidas do país (…) e a
agrupamentos e regiões com escolas com poucos alunos e com casos em que,
uma parte deles, têm de fazer deslocações grandes para ir às aulas”.